Então e as Lajes?

Os trumpistas andam encantados com as decisões do actual Presidente dos EUA, nomeadamente no que toca às relações atlânticas. Sem qualquer estranheza, este encanto só é ultrapassado pelo dos próprios putinistas. Haverá ali um qualquer adianto no raciocínio de Trump, e que apenas uma elite escolhida conseguirá acompanhar, segundo o qual o regresso da grandeza da América (MAGA) será apenas possível quando os EUA deixarem de ter aliados. Depois do que se passou na Casa Branca entre Trump e Zelensky, a Haltbakk Bunkers, uma companhia petrolífera norueguesa, anunciou que irá deixar de abastecer os submarinos americanos. Naturalmente que a decisão não foi do CEO da companhia, mas do Estado Norueguês, que é um país que se leva a sério e tem uma autonomia estratégica que lhe permite tomar tal decisão. Tivéssemos nós capacidade idêntica, em vigiar e proteger o nosso espaço atlântico, e certamente que poderíamos decidir algo idêntico no que toca à base das Lajes. Ao fim e ao cabo, foram os americanos que há dez anos começaram a retirar-se de lá. Porque é que estão a demorar tanto tempo a sair? Se Portugal avançasse para algo idêntico, seria também esclarecido um mistério com que nessa alteura me deparei. Quando os americanos anunciaram que iriam reduzir a sua presença nas Lajes, espantosamente à época, o PCP mobilizou-se contra isso. Eles sabem coisas e já estariam era a antecipar o efeito Trump. Foi isso! O oráculo da Soeiro Pereira Gomes só não funciona para lhes devolver os resultados eleitorais. Entretanto os submarinos americanos não ficarão sem gota nos depósitos, pois a base russa de Murmansk recebê-los-á de braços abertos. E eu continuo curioso com os efeitos que os últimos dias terão na popularidade interna de Trump.

Mar 2, 2025 - 16:34
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Então e as Lajes?

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Os trumpistas andam encantados com as decisões do actual Presidente dos EUA, nomeadamente no que toca às relações atlânticas. Sem qualquer estranheza, este encanto só é ultrapassado pelo dos próprios putinistas.

Haverá ali um qualquer adianto no raciocínio de Trump, e que apenas uma elite escolhida conseguirá acompanhar, segundo o qual o regresso da grandeza da América (MAGA) será apenas possível quando os EUA deixarem de ter aliados.

Depois do que se passou na Casa Branca entre Trump e Zelensky, a Haltbakk Bunkers, uma companhia petrolífera norueguesa, anunciou que irá deixar de abastecer os submarinos americanos. Naturalmente que a decisão não foi do CEO da companhia, mas do Estado Norueguês, que é um país que se leva a sério e tem uma autonomia estratégica que lhe permite tomar tal decisão. Tivéssemos nós capacidade idêntica, em vigiar e proteger o nosso espaço atlântico, e certamente que poderíamos decidir algo idêntico no que toca à base das Lajes. Ao fim e ao cabo, foram os americanos que há dez anos começaram a retirar-se de lá. Porque é que estão a demorar tanto tempo a sair?

Se Portugal avançasse para algo idêntico, seria também esclarecido um mistério com que nessa alteura me deparei. Quando os americanos anunciaram que iriam reduzir a sua presença nas Lajes, espantosamente à época, o PCP mobilizou-se contra isso. Eles sabem coisas e já estariam era a antecipar o efeito Trump. Foi isso! O oráculo da Soeiro Pereira Gomes só não funciona para lhes devolver os resultados eleitorais.

Entretanto os submarinos americanos não ficarão sem gota nos depósitos, pois a base russa de Murmansk recebê-los-á de braços abertos. E eu continuo curioso com os efeitos que os últimos dias terão na popularidade interna de Trump.