Dólar cai a R$ 5,65, com dados de trabalho nos EUA e chances de acordo EUA-China
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A esperança de que Estados Unidos e China possam avançar nas negociações sobre a guerra tarifária abriu espaço para a queda do dólar ante várias divisas nesta sexta-feira, incluindo o real, no retorno de feriado no Brasil.
A criação de vagas de emprego nos Estados Unidos teve leve desaceleração em abril, conforme as perspectivas para o mercado de trabalho se tornam cada vez mais sombrias já que a política tarifária agressiva do presidente Donald Trump aumenta a incerteza econômica.
A economia dos EUA abriu 177.000 vagas de emprego fora do setor agrícola no mês passado, após 185.000 em dado revisado para baixo em março, informou o Departamento do Trabalho em seu relatório de emprego nesta sexta-feira
Dólar Hoje: Confira a cotação e fechamento diário do dólar comercial
Qual a cotação do dólar hoje?
Em um dia de liquidez menor, o dólar à vista fechou em baixa de 0,36%, aos R$5,6561. Na semana — encurtada pelo feriado do Dia do Trabalhador na quinta-feira — a divisa norte-americana acumulou recuo de 0,60%.
Às 17h06 na B3 o dólar para junho — atualmente o mais líquido — cedia 0,23%, aos R$5,6910.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,656
- Venda: R$ 5,656
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,680
- Venda: R$ 5,860
O que aconteceu com o dólar hoje?
Principal evento da semana, a divulgação do relatório de empregos payroll pela manhã sugeriu que a economia dos EUA ainda está longe da recessão. O país abriu 177.000 vagas de emprego fora do setor agrícola em abril, após 185.000 em dado revisado para baixo em março.
Apesar da desaceleração, o número de abril foi melhor que os 130.000 empregos da mediana projetada entre os economistas consultados pela Reuters, com estimativas variando entre 25.000 e 195.000 vagas. A taxa de desemprego dos EUA se manteve estável em 4,2%.
Os números deram força às taxas dos Treasuries, mas a moeda norte-americana se apegou mais à perspectiva de um acordo entre Estados Unidos e China.
O país asiático disse que está “avaliando” uma oferta dos EUA para manter conversações sobre as tarifas de 145% do presidente norte-americano, Donald Trump. Segundo o Ministério do Comércio da China, os EUA entraram em contato para buscar conversações sobre as tarifas, e Pequim está de portas abertas para discussões.
Embora nada palpável tenha sido anunciado, investidores se agarraram à possibilidade de acordo e foram em busca de ativos de maior risco, como ações de empresas nos EUA e moedas de países emergentes, como o real.
Às 10h54 o dólar à vista atingiu a cotação mínima de R$5,6763 (-0,88%).
Além do fator externo, a pressão de baixa na relação dólar/real também pareceu refletir a entrada recente de recursos no Brasil. Profissionais ouvidos pela Reuters nas últimas semanas — incluindo nesta sexta-feira — vêm pontuando que o país tem recebido grande volume de investimentos estrangeiros, em especial para a renda variável.
Por trás disso está a leitura de que há oportunidades em portfólio no Brasil — onde a taxa básica Selic está em 14,25%, com perspectiva de alta de 50 pontos-base na próxima semana, e o câmbio segue favorável para o estrangeiro que quer investir, ainda que o dólar esteja abaixo dos R$6,00.
Na próxima semana, as atenções estarão voltadas para as decisões sobre juros tanto do Banco Central do Brasil quanto do Federal Reserve — nas primeiras decisões desde o “Dia da Libertação” do presidente dos EUA, Donald Trump, em 2 de abril, quando ele anunciou uma série de tarifas contra seus parceiros comerciais.
Às 17h25 o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,11%, a 100,030.
(com Reuters e Estadão Conteúdo)
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