Do Androids Dream of Open-Source? O Futuro da IA entre GPT e DeepSeek
A disputa entre modelos de inteligência artificial nunca foi tão intensa. De um lado, temos o GPT-4o, um modelo fechado, altamente eficiente e operado por uma das maiores empresas de IA do mundo, a OpenAI. Do outro, o DeepSeek, um modelo open-source que aposta na transparência e no acesso democrático à IA. Mas essa não […]

A disputa entre modelos de inteligência artificial nunca foi tão intensa. De um lado, temos o GPT-4o, um modelo fechado, altamente eficiente e operado por uma das maiores empresas de IA do mundo, a OpenAI. Do outro, o DeepSeek, um modelo open-source que aposta na transparência e no acesso democrático à IA. Mas essa não é apenas uma batalha técnica, trata-se de uma disputa por influência global e pelo domínio sobre a infraestrutura da inteligência artificial e do conhecimento.
A ascensão desses modelos redefine o que entendemos como inteligência artificial e quem terá acesso a seus benefícios, intensificando a tensão entre centralização e descentralização do conhecimento. Para entender as implicações disso, é essencial olhar além da capacidade bruta dos modelos e analisar como eles moldam nossa relação com a tecnologia e o futuro da inovação.
O que é Real e o que é Máquina?

Sempre fui fascinado pelas obras de Philip K. Dick e pela estética cyberpunk, que exploram os limites entre humanidade e tecnologia. Durante minha formação em Game Design, estudei como essas narrativas constroem mundos imersivos e levantam questões sobre identidade, controle e o impacto das grandes corporações. Hoje, atuando no campo da engenharia de machine learning e IA, percebo como essas reflexões se tornaram ainda mais relevantes com o avanço da inteligência artificial.
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Suas histórias frequentemente desafiam o status quo, questionando o controle dessas grandes corporações e, principalmente, a maneira como a tecnologia redefine nossa realidade. Dois exemplos marcantes disso são os universos de “Blade Runner” e A Scanner Darkly, que ilustram como a inteligência artificial reconfigura nossa percepção de identidade e controle.
Em “Blade Runner” (1982), um futuro dominado por megacorporações vê a criação dos replicantes, androides indistinguíveis dos humanos, projetados para trabalho forçado e servidão. Rick Deckard, um blade runner, tem a função de “aposentar” aqueles replicantes que se tornam uma ameaça. Para identificá-los, ele utiliza o teste Voight-Kampff, que mede empatia, supostamente o traço que separa humanos de máquinas. No entanto, ao perseguir replicantes, Deckard começa a questionar se essa distinção realmente existe.