Deputada pede ao STF que afaste Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF

Daniela do Waguinho (União-RJ) contesta autenticidade e consentimento em assinatura que ajudou a selar acordo sobre eleição na CBF. Relator do pedido é o ministro Gilmar Mendes. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues Wilton Junior/Estadão Conteúdo A deputada Daniela do Waguinho (União-RJ), ex-ministra do Turismo, pediu nesta segunda-feira (6) ao Supremo Tribunal Federal (STF) o “afastamento imediato” de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Em fevereiro, o Supremo homologou um acordo entre CBF, cinco dirigentes e a Federação Mineira de Futebol (FMF), legitimando a eleição realizada em 2022 que elegeu Ednaldo Rodrigues ao cargo de presidente da CBF. O acordo encerrou uma longa disputa judicial. Em 24 de março, o presidente da CBF foi reeleito por aclamação para o mandato que vai de março de 2026 a março de 2030. Deputada pede ao STF afastamento imediato de Ednaldo Rodrigues da CBF Na petição, a deputada alega que teve conhecimento de “fatos novos” e de “extrema relevância” relacionados à homologação do acordo que encerrou questionamentos referentes ao procedimento eleitoral na confederação. A parlamentar afirma que há “fortes indícios” de que a assinatura de uma das partes do acordo, a de Antonio Carlos Nunes de Lima, conhecido como Coronel Nunes, não foi realizada de forma livre e consciente e sob plenas faculdades mentais e contesta a autenticidade da assinatura. Nunes é ex-presidente da entidade e foi vice de Ednaldo Rodrigues no último mandato. “Como será demonstrado ao longo desta petição, existem evidências suficientes que apontam a ocorrência de simulação no âmbito do referido acordo”, afirmou. Daniela disse no pedido que houve “vício de consentimento” na assinatura do documento. Segundo ela, ainda em 2023, já existia laudo médico apontando que Coronel Nunes “não tinha as condições físicas e cognitivas para expor seu aceite a qualquer condição que lhe fosse apresentada”. “Considerando que o laudo que aponta a existência de “déficit cognitivo”’ é de pouco mais de um ano antes da assinatura do acordo impugnado por esta petição e atestado pelo Dr. Jorge Pagura, Chefe do Departamento Médico da Confederação Brasileira de Futebol, demonstra que a própria CBF, que é uma das principais interessadas na homologação do acordo, tinha ciência das limitações cognitivas do Sr. Antônio Nunes”, destacou. A petição foi apresentada no âmbito de uma ação que deve ser julgada pelo STF em 28 de maio. O relator é o ministro Gilmar Mendes. Caberá a ele decidir se afasta o dirigente e reconsidera a homologação do acordo, outro pedido feito pela deputada.

Mai 7, 2025 - 00:57
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Deputada pede ao STF que afaste Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF

Daniela do Waguinho (União-RJ) contesta autenticidade e consentimento em assinatura que ajudou a selar acordo sobre eleição na CBF. Relator do pedido é o ministro Gilmar Mendes. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues Wilton Junior/Estadão Conteúdo A deputada Daniela do Waguinho (União-RJ), ex-ministra do Turismo, pediu nesta segunda-feira (6) ao Supremo Tribunal Federal (STF) o “afastamento imediato” de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Em fevereiro, o Supremo homologou um acordo entre CBF, cinco dirigentes e a Federação Mineira de Futebol (FMF), legitimando a eleição realizada em 2022 que elegeu Ednaldo Rodrigues ao cargo de presidente da CBF. O acordo encerrou uma longa disputa judicial. Em 24 de março, o presidente da CBF foi reeleito por aclamação para o mandato que vai de março de 2026 a março de 2030. Deputada pede ao STF afastamento imediato de Ednaldo Rodrigues da CBF Na petição, a deputada alega que teve conhecimento de “fatos novos” e de “extrema relevância” relacionados à homologação do acordo que encerrou questionamentos referentes ao procedimento eleitoral na confederação. A parlamentar afirma que há “fortes indícios” de que a assinatura de uma das partes do acordo, a de Antonio Carlos Nunes de Lima, conhecido como Coronel Nunes, não foi realizada de forma livre e consciente e sob plenas faculdades mentais e contesta a autenticidade da assinatura. Nunes é ex-presidente da entidade e foi vice de Ednaldo Rodrigues no último mandato. “Como será demonstrado ao longo desta petição, existem evidências suficientes que apontam a ocorrência de simulação no âmbito do referido acordo”, afirmou. Daniela disse no pedido que houve “vício de consentimento” na assinatura do documento. Segundo ela, ainda em 2023, já existia laudo médico apontando que Coronel Nunes “não tinha as condições físicas e cognitivas para expor seu aceite a qualquer condição que lhe fosse apresentada”. “Considerando que o laudo que aponta a existência de “déficit cognitivo”’ é de pouco mais de um ano antes da assinatura do acordo impugnado por esta petição e atestado pelo Dr. Jorge Pagura, Chefe do Departamento Médico da Confederação Brasileira de Futebol, demonstra que a própria CBF, que é uma das principais interessadas na homologação do acordo, tinha ciência das limitações cognitivas do Sr. Antônio Nunes”, destacou. A petição foi apresentada no âmbito de uma ação que deve ser julgada pelo STF em 28 de maio. O relator é o ministro Gilmar Mendes. Caberá a ele decidir se afasta o dirigente e reconsidera a homologação do acordo, outro pedido feito pela deputada.