AMA queria um ano mas optou por três meses: As explicações para a suspensão de Jannik Sinner
O tenista italiano Jannik Sinner foi suspenso por três meses, até 04 de maio, na sequência do acordo com a Agência Mundial Antidopagem (AMA), motivado por dois controlos positivos do líder do ranking mundial, anunciou hoje o organismo.“Segundo os termos do acordo, o Sr. Sinner cumprirá período de inelegibilidade entre 09 de fevereiro de 2025 e 04 de maio de 2025 (que inclui um crédito de quatro dias anteriormente cumpridos, quando estava suspenso provisoriamente)”, informou a AMA, em comunicado.O acordo levou a AMA – que pretendia impor ao tenista italiano, pelo menos, um ano de suspensão - a desistir do recurso apresentado no Tribunal Arbitral do Desporto, no qual contestava a decisão da Agência Internacional para a Integridade do Ténis (ITIA) de ilibar o número um mundial.“Este processo estava a pairar sobre mim há quase um ano e ainda tinha muito que percorrer até à decisão final, que seria tomada, talvez, no fim do ano. Sempre assumi a responsabilidade pela minha equipa e compreendo que as regras rígidas da AMA são uma proteção importante para o desporto que amo”, explicou Sinner, em comunicado.O líder da hierarquia da ATP, de 23 anos, aceitou “a proposta da AMA de resolver os processos com base em uma sanção de três meses” de suspensão, que não o impede de disputar nenhum dos restantes três torneios do Grand Slam de 2025, uma vez que o próximo – Roland Garros, em França – começa em 25 de maio.Em 10 de março de 2024, durante o Masters 1.000 de Indian Wells, Sinner testou positivo para baixos níveis de um metabolito de clostebol, um esteroide anabolizante proibido que pode ser utilizado para uso oftalmológico e dermatológico e, oito dias depois, um novo teste fora de competição voltou a revelar a presença da substância em quantidades ínfimas na urina do italiano.De acordo com a ITIA, Sinner justificou os resultados dos testes antidoping com o facto de um membro da sua equipa de apoio ter utilizado um spray de venda livre que continha clostebol para tratar uma pequena lesão (um corte num dedo), sendo que o mesmo, posteriormente, viria a massajar o italiano sem luvas, contaminando-o com a substância.“A AMA aceita que o Sr. Sinner não pretendia fazer batota, que a exposição ao clostebol não lhe proporcionou nenhum benefício no desempenho desportivo e que ocorreu sem o seu conhecimento, devido à negligência de membros da sua equipa”, informa a agência.O tenista foi suspenso provisoriamente, mas recorreu e foi autorizado a continuar a competir, tendo, em agosto de 2024, sido ilibado de qualquer intencionalidade na violação das regras antidopagem pela ITIA, que apenas lhe retirou o prémio em dinheiro e os pontos conquistados em Indian Wells, onde perdeu nas meias-finais com o espanhol Carlos Alcaraz.“No entanto, de acordo com o Código [Mundial Antidopagem], um atleta é responsável pela negligência de membros da sua equipa. Com base nos factos únicos deste caso, uma suspensão de três meses é considerado o desfecho apropriado”, indica a AMA, no comunicado divulgado hoje.Poucas semanas após ter sido ilibado pela ITIA, e depois de dispensar o fisioterapeuta Giacomo Naldi, o alegado responsável pela contaminação, e o preparador físico Umberto Ferrara, que terá fornecido o spray, Sinner tornou-se o primeiro italiano a conquistar o Open dos Estados Unidos, tendo, já em janeiro de 2025, revalidado o título no Open da Austrália.A suspensão, que, segundo a Federação Italiana de Ténis “acaba com o pesadelo”, vai impedir Sinner de participar em três torneios Masters 1.000 – Indian Wells e Miami, em março, e Monte Carlo, em abril -, o que lhe custará importantes pontos na defesa da liderança do ranking mundial.

O tenista italiano Jannik Sinner foi suspenso por três meses, até 04 de maio, na sequência do acordo com a Agência Mundial Antidopagem (AMA), motivado por dois controlos positivos do líder do ranking mundial, anunciou hoje o organismo.
“Segundo os termos do acordo, o Sr. Sinner cumprirá período de inelegibilidade entre 09 de fevereiro de 2025 e 04 de maio de 2025 (que inclui um crédito de quatro dias anteriormente cumpridos, quando estava suspenso provisoriamente)”, informou a AMA, em comunicado.
O acordo levou a AMA – que pretendia impor ao tenista italiano, pelo menos, um ano de suspensão - a desistir do recurso apresentado no Tribunal Arbitral do Desporto, no qual contestava a decisão da Agência Internacional para a Integridade do Ténis (ITIA) de ilibar o número um mundial.
“Este processo estava a pairar sobre mim há quase um ano e ainda tinha muito que percorrer até à decisão final, que seria tomada, talvez, no fim do ano. Sempre assumi a responsabilidade pela minha equipa e compreendo que as regras rígidas da AMA são uma proteção importante para o desporto que amo”, explicou Sinner, em comunicado.
O líder da hierarquia da ATP, de 23 anos, aceitou “a proposta da AMA de resolver os processos com base em uma sanção de três meses” de suspensão, que não o impede de disputar nenhum dos restantes três torneios do Grand Slam de 2025, uma vez que o próximo – Roland Garros, em França – começa em 25 de maio.
Em 10 de março de 2024, durante o Masters 1.000 de Indian Wells, Sinner testou positivo para baixos níveis de um metabolito de clostebol, um esteroide anabolizante proibido que pode ser utilizado para uso oftalmológico e dermatológico e, oito dias depois, um novo teste fora de competição voltou a revelar a presença da substância em quantidades ínfimas na urina do italiano.
De acordo com a ITIA, Sinner justificou os resultados dos testes antidoping com o facto de um membro da sua equipa de apoio ter utilizado um spray de venda livre que continha clostebol para tratar uma pequena lesão (um corte num dedo), sendo que o mesmo, posteriormente, viria a massajar o italiano sem luvas, contaminando-o com a substância.
“A AMA aceita que o Sr. Sinner não pretendia fazer batota, que a exposição ao clostebol não lhe proporcionou nenhum benefício no desempenho desportivo e que ocorreu sem o seu conhecimento, devido à negligência de membros da sua equipa”, informa a agência.
O tenista foi suspenso provisoriamente, mas recorreu e foi autorizado a continuar a competir, tendo, em agosto de 2024, sido ilibado de qualquer intencionalidade na violação das regras antidopagem pela ITIA, que apenas lhe retirou o prémio em dinheiro e os pontos conquistados em Indian Wells, onde perdeu nas meias-finais com o espanhol Carlos Alcaraz.
“No entanto, de acordo com o Código [Mundial Antidopagem], um atleta é responsável pela negligência de membros da sua equipa. Com base nos factos únicos deste caso, uma suspensão de três meses é considerado o desfecho apropriado”, indica a AMA, no comunicado divulgado hoje.
Poucas semanas após ter sido ilibado pela ITIA, e depois de dispensar o fisioterapeuta Giacomo Naldi, o alegado responsável pela contaminação, e o preparador físico Umberto Ferrara, que terá fornecido o spray, Sinner tornou-se o primeiro italiano a conquistar o Open dos Estados Unidos, tendo, já em janeiro de 2025, revalidado o título no Open da Austrália.
A suspensão, que, segundo a Federação Italiana de Ténis “acaba com o pesadelo”, vai impedir Sinner de participar em três torneios Masters 1.000 – Indian Wells e Miami, em março, e Monte Carlo, em abril -, o que lhe custará importantes pontos na defesa da liderança do ranking mundial.