A medida de Stephan Morais para o próximo Governo
Duas medidas estratégicas podem desempenhar um papel determinante no reforço do ecossistema de capital de risco – Private Equity e Venture Capital – em Portugal, promovendo o investimento privado nesta classe de ativos. A primeira passa pelo lançamento de um Fundo de Fundos do Banco Português de Fomento (BPF), em articulação com o Fundo Europeu […]


Duas medidas estratégicas podem desempenhar um papel determinante no reforço do ecossistema de capital de risco – Private Equity e Venture Capital – em Portugal, promovendo o investimento privado nesta classe de ativos.
A primeira passa pelo lançamento de um Fundo de Fundos do Banco Português de Fomento (BPF), em articulação com o Fundo Europeu de Investimento (FEI) e investidores institucionais privados, com o objetivo de investir de forma continuada e em condições de mercado em fundos de Capital de Risco nacionais que possam capitalizar PMEs e startups nacionais. Esta abordagem permitiria aumentar a estabilidade e a previsibilidade a um setor que tem apresentado muito bons resultados, aumentando a sua atratividade para investidores institucionais e internacionais privados.
A segunda medida pedida passa por prestar garantias públicas parciais aos investidores institucionais privados para que possam colocar, pela primeira vez e em alguma escala, capital em fundos de capital de risco, respeitando todas as regras europeias, mas permitindo que se inicie uma transição de um setor que depende em larga maioria de iniciativas e capital ligado ao Estado para um setor baseado em capital privado, seguindo os países mais avançados do mundo nesta área.
Para que estas iniciativas tenham o impacto desejado, é igualmente essencial rever o enquadramento regulatório atual, identificando e eliminando obstáculos que dificultam o investimento de entidades privadas – como seguradoras ou fundos de pensões – em fundos de Capital de Risco nacionais.
A eliminação destes entraves permitirá aumentar significativamente a liquidez disponível para o financiamento de empresas inovadoras e PME, com potencial de crescimento e internacionalização. Em paralelo, permitirá aumentar também a rentabilidade média das aplicações dos investidores institucionais.