Trabalhador forçado a tatuar inicias dos patrões em MG teve documentos retidos, rotina regrada e conversas com a família supervisionadas

As informações foram por uma advogada que acompanha o caso do homem mantido em condições análogas à escravidão durante nove anos por um professor, um administrador e um contador em Planura, no Triângulo Mineiro. O Ministério Público pediu indenização de mais de R$ 1 milhão. Iniciais de patrões aliciadores foi tatuada na vítima para representar "posse", segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) MTE/Divulgação O trabalhador mantido em situação análoga à escravidão em Planura, no Triângulo Mineiro, teve os documentos recolhidos, não podia ter celular ou redes sociais e tinha a rotina controlada pelos três patrões. As informações foram confirmadas nesta quarta-feira (30) pela coordenadora da Clínica de Combate ao Trabalho Escravo da Universidade Presidente Antônio Carlos (Unipac), Nayara Beatriz Borges Ferreira, que acompanha o caso desde o início da operação de resgate. "Eu participei de toda a ação, desde a chegada da Polícia Federal até a casa dos envolvidos. Quando entramos, a vítima não entendeu o que estava acontecendo, ele estava muito assustado e relutante em contar tudo o que havia acontecido. Até hoje ele se resguarda a dizer sim ou não para as perguntas que fazemos", relembrou Nayara.

Mai 1, 2025 - 02:13
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Trabalhador forçado a tatuar inicias dos patrões em MG teve documentos retidos, rotina regrada e conversas com a família supervisionadas

As informações foram por uma advogada que acompanha o caso do homem mantido em condições análogas à escravidão durante nove anos por um professor, um administrador e um contador em Planura, no Triângulo Mineiro. O Ministério Público pediu indenização de mais de R$ 1 milhão. Iniciais de patrões aliciadores foi tatuada na vítima para representar "posse", segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) MTE/Divulgação O trabalhador mantido em situação análoga à escravidão em Planura, no Triângulo Mineiro, teve os documentos recolhidos, não podia ter celular ou redes sociais e tinha a rotina controlada pelos três patrões. As informações foram confirmadas nesta quarta-feira (30) pela coordenadora da Clínica de Combate ao Trabalho Escravo da Universidade Presidente Antônio Carlos (Unipac), Nayara Beatriz Borges Ferreira, que acompanha o caso desde o início da operação de resgate. "Eu participei de toda a ação, desde a chegada da Polícia Federal até a casa dos envolvidos. Quando entramos, a vítima não entendeu o que estava acontecendo, ele estava muito assustado e relutante em contar tudo o que havia acontecido. Até hoje ele se resguarda a dizer sim ou não para as perguntas que fazemos", relembrou Nayara.