Lembra dela? Nota de R$ 10 de plástico pode valer uma fortuna hoje

Em abril de 2000, para marcar os 500 anos do descobrimento do Brasil, o Banco Central lançou uma cédula especial: a nota de R$ 10 feita em polímero, um tipo de plástico mais resistente do que o papel tradicional das notas comuns. Ao longo do tempo, essa nota se tornou rara e muito procurada, alcançando preços surpreendentes entre colecionadores.

Como surgiu a nota especial?

A cédula comemorativa de R$ 10 foi desenvolvida com a intenção de testar novos materiais para as notas brasileiras. O polímero, que é mais resistente ao desgaste e mais difícil de falsificar, vinha sendo usado com sucesso na Austrália desde a década de 1980. A expectativa era que esse novo material pudesse oferecer maior durabilidade e segurança, além de reduzir custos de substituição a longo prazo.

Foram impressas 250 milhões de notas durante os anos de 2000 e 2001, em caráter experimental. Entretanto, após avaliações rigorosas, o Banco Central identificou que o polímero apresentava desafios logísticos importantes para o país. Problemas como dificuldades de manuseio em máquinas contadoras, caixas eletrônicos e condições adversas de umidade levaram à decisão de não adotar definitivamente essa tecnologia.

Por que se tornou rara e valiosa?

Desde que o Banco Central iniciou a retirada dessas cédulas de circulação, a quantidade delas foi reduzindo drasticamente. Atualmente, estima-se que cerca de 3,5 milhões de notas ainda estejam circulando entre as mais de 600 milhões de cédulas de R$ 10 no mercado brasileiro. Por serem escassas, tornaram-se itens altamente valorizados por colecionadores numismáticos, especialistas na coleção de dinheiro antigo e raro.

Em sites especializados e plataformas como Mercado Livre, o preço dessas cédulas varia bastante, dependendo do seu estado de conservação e da numeração especial. Uma nota comum, em bom estado, pode valer a partir de R$ 150. Já exemplares raros, especialmente aqueles utilizados em testes antes da emissão oficial, chegam a atingir valores impressionantes, como R$ 4.500.

Características especiais da nota de polímero

O design da nota comemorativa foi cuidadosamente planejado para representar elementos históricos e culturais do Brasil. Na frente da cédula, havia uma imagem estilizada de Pedro Álvares Cabral e um mapa antigo, conhecido como “Terra Brasilis”, destacando a chegada dos portugueses ao território. No verso, um mapa moderno do país simbolizava a diversidade étnica brasileira e as instituições democráticas, representadas pelos três poderes da República.

A nota tinha tamanho padrão de 140 mm por 65 mm, com cores predominantemente em azul e laranja. Técnicas avançadas de impressão, como microtextos e elementos gráficos complexos, dificultavam bastante sua falsificação. Uma série limitada, com numerações especiais reservadas especificamente para colecionadores, aumentou ainda mais o interesse pelo item.

Apesar de não ter sido adotado em larga escala, o experimento com polímero deixou uma marca singular na história monetária brasileira, sendo um testemunho interessante das inovações tecnológicas aplicadas às moedas e cédulas no país.

Esse Lembra dela? Nota de R$ 10 de plástico pode valer uma fortuna hoje foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.