Comitê Brasileiro de Clubes busca otimizar a formação de atletas no Brasil

Fundado em 1990, o CBC (Comitê Brasileiro de Clubes) iniciou sua história com o nome de Confederação Brasileira de Clubes. Neste período, a entidade tinha o objetivo de incentivar a criação das primeiras federações estaduais, assim como instituir e apoiar a realização de congressos para o aprimoramento do segmento.

Após a maior participação de clubes e federações, a instituição desenvolveu plano para ampliar e otimizar a prestação de serviços disponibilizados para o setor clubístico.

Atualmente, ao lado do Comitê Olímpico do Brasil (COB), em subsistema específico do SND, o Comitê Brasileiro de Clubes tornou-se referência nacional em excelência esportiva, consolidando-se também como uma entidade relevante na formação de atletas no país.

Em entrevista para o MKTEsportivo, Paulo Maciel, presidente do Comitê Brasileiro de Clubes, trouxe detalhes do impacto do Programação de Formação de Atletas (PFA) e abordou como tem sido a atuação das agremiações parceiras na iniciativa.

“O Programa de Formação de Atletas (PFA) do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) tem sido fundamental para o fortalecimento do esporte nacional. Por meio do suporte financeiro e operacional oferecido aos clubes parceiros, os atletas têm acesso a melhores condições de treinamento, incluindo materiais, equipamentos e profissionais qualificados. Os resultados alcançados nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 comprovam o sucesso dessa iniciativa. Dos atletas que representaram o Brasil na competição, 89% tiveram sua formação em clubes”, destacou Maciel.

No ano passado, nos Jogos Olímpicos de Paris, dentre as modalidades em que o Brasil representou, 21 esportes pertenciam ao Programa de Formação do CBC e, destes, 99% dos atletas foram provenientes de clubes. 

Além disso, das 312 vagas para esportistas brasileiros, 280 foram ocupadas por competidores de clubes, evidenciando a importância dessas instituições no esporte nacional.

“Das 20 medalhas conquistadas pelo Time Brasil, 15 (75%) foram obtidas por atletas oriundos desses clubes. O impacto também se refletiu nos três ouros conquistados pelo Brasil, que foram integralmente obtidos por atletas formados em clubes apoiados pelo CBC. Outro dado expressivo é que 100% das instituições que enviaram atletas à capital francesa fazem parte do PFA, reforçando a importância do investimento contínuo na formação esportiva”, evidenciou Maciel.

O dirigente da entidade também esmiuçou a iniciativa, abordando como a ação impacta diretamente no aprimoramento dos competidores para torneios de alto rendimento.

“O Programa de Formação de Atletas (PFA) se estrutura em três eixos fundamentais: Materiais Esportivos e Equipamentos (MEE), fornecendo infraestrutura de qualidade, garantindo que os atletas tenham acesso a materiais de alto nível para o treinamento e aperfeiçoamento técnico. Recursos Humanos (RH), financiando profissionais especializados, como treinadores, preparadores físicos e fisioterapeutas, fundamentais para a evolução física e técnica dos competidores. E Competições (CBI – Campeonatos Brasileiros Interclubes), com o apoio a competições nacionais que proporcionam experiência essencial para a obtenção do alto rendimento”, detalhou Maciel.

Em parceria com confederações e ligas esportivas nacionais, a CBC também tem trabalhado na ampliação do suporte a diferentes esportes, garantindo ao Brasil representatividade em modalidades menos populares.

“Obviamente que o CBC reconhece a hegemonia do futebol (masculino) no Brasil, mas reforça que o desenvolvimento esportivo do país deve ser plural e abrangente. O desafio de desenvolver modalidades menos populares exige investimento e conscientização sobre a importância da política esportiva inclusiva, algo que o CBC vem promovendo por meio do financiamento de clubes e o apoio operacional a realização de competições nacionais que garantem o fortalecimento do esporte como um todo. O CBC quer universalizar a formação de atletas no Brasil”, concluiu.

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