Pacientes cegos após mutirão de catarata: MP aponta série de falhas e ajuíza ação de R$ 3 milhões

Promotoria concluiu erros como falta de controle em mudanças de protocolos e uso inadequado de antisséptico no globo ocular no AME de Taquaritinga. MP também pede plano de melhorias e coberturas médicas a pacientes. MP pede indenização de R$ 3 milhões a pacientes cegos após mutirão de catarata Após três meses de investigação, o Ministério Público ajuizou uma ação civil pedindo o pagamento de R$ 3 milhões e outras medidas compensatórias (veja mais abaixo) aos responsáveis por um mutirão de cirurgias de catarata que deixou 13 pessoas cegas no Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Taquaritinga (SP) em outubro do ano passado. Durante a apuração, a Promotoria apontou falhas sistemáticas e humanas, entre elas a falta de controle dos protocolos cirúrgicos e a utilização inadequada de um antisséptico diretamente no globo ocular dos pacientes. A ação tem como alvos a Fundação Santa Casa de Franca, responsável pela equipe que trabalha no AME, e a Secretaria de Estado da Saúde. "Significa dizer que, na realidade, houve uma desorganização, sim, institucional, que deveria ser permeada na fiscalização, no controle, na exigência e na eficiência, o que nós, evidentemente, identificamos que não ocorreu", afirmou o promotor de Justiça Ilo Wilson Marinho Gonçalves. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Idosa está com depressão após perder o olho direito em cirurgia de catarata no AME de Taquaritinga EPTV A ação ainda precisa ser aceita pela Justiça. A Fundação Santa Casa de Franca não comentou o caso. A Secretaria de Estado da Saúde informou que todos os profissionais que atuaram nos atendimentos foram afastados e os pacientes estão sendo acompanhados por equipe especializada no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Uma sindicância foi instaurada em todas as unidades gerenciadas pela Organização Social de Saúde (OSS) Santa Casa de Franca, bem como um chamamento público para a contratação de uma nova OSS para a administração do AME.

Mai 17, 2025 - 00:26
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Pacientes cegos após mutirão de catarata: MP aponta série de falhas e ajuíza ação de R$ 3 milhões

Promotoria concluiu erros como falta de controle em mudanças de protocolos e uso inadequado de antisséptico no globo ocular no AME de Taquaritinga. MP também pede plano de melhorias e coberturas médicas a pacientes. MP pede indenização de R$ 3 milhões a pacientes cegos após mutirão de catarata Após três meses de investigação, o Ministério Público ajuizou uma ação civil pedindo o pagamento de R$ 3 milhões e outras medidas compensatórias (veja mais abaixo) aos responsáveis por um mutirão de cirurgias de catarata que deixou 13 pessoas cegas no Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Taquaritinga (SP) em outubro do ano passado. Durante a apuração, a Promotoria apontou falhas sistemáticas e humanas, entre elas a falta de controle dos protocolos cirúrgicos e a utilização inadequada de um antisséptico diretamente no globo ocular dos pacientes. A ação tem como alvos a Fundação Santa Casa de Franca, responsável pela equipe que trabalha no AME, e a Secretaria de Estado da Saúde. "Significa dizer que, na realidade, houve uma desorganização, sim, institucional, que deveria ser permeada na fiscalização, no controle, na exigência e na eficiência, o que nós, evidentemente, identificamos que não ocorreu", afirmou o promotor de Justiça Ilo Wilson Marinho Gonçalves. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Idosa está com depressão após perder o olho direito em cirurgia de catarata no AME de Taquaritinga EPTV A ação ainda precisa ser aceita pela Justiça. A Fundação Santa Casa de Franca não comentou o caso. A Secretaria de Estado da Saúde informou que todos os profissionais que atuaram nos atendimentos foram afastados e os pacientes estão sendo acompanhados por equipe especializada no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Uma sindicância foi instaurada em todas as unidades gerenciadas pela Organização Social de Saúde (OSS) Santa Casa de Franca, bem como um chamamento público para a contratação de uma nova OSS para a administração do AME.