O que acontece se Bolsonaro e aliados virarem réus? Veja o que estará em jogo no STF nesta terça
1ª Turma do STF começa a decidir se aceita a acusação da PGR contra o 'núcleo crucial' da organização que teria planejado um golpe. Se denunciados virarem réus, vão responder a um processo no Supremo. O ex-presidente Jair Bolsonaro em imagem de fevereiro de 2025 Sergio Lima / AFP A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai realizar três sessões, entre terça (25) e quarta-feira (26), para decidir se aceita denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete acusados de tentativa de golpe de Estado em 2022. Se a denúncia for rejeitada, o caso será arquivado. Contudo, caso a acusação seja aceita, os oito denunciados pela Procuradoria-Geral da República vão se tornar réus. Ou seja, será aberta uma ação penal, e o grupo vai responder a um processo no STF. Depois disso, terá início a chamada fase da "instrução processual", quando são colhidas as provas e depoimentos de testemunhas e acusados. Encerrada esta etapa, será realizado outro julgamento: desta vez, os ministros vão decidir se os envolvidos são considerados culpados ou inocentes. Se forem inocentados, o processo será arquivado. Se forem condenados, terão fixadas penas de forma individual, a depender da participação de cada um nas ações ilegais. Quem são os denunciados? PGR rebate argumentos e defende tornar réus Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe A PGR afirma que os denunciados fazem parte do "núcleo crucial" da organização criminosa golpista. Integram esse grupo: Jair Bolsonaro, ex-presidente; Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Almir Garnier Santos; ex-comandante da Marinha do Brasil; Anderson Torres; ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal; General Augusto Heleno; ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência; Mauro Cid; ex-chefe da Ajudância de Ordens da Presidência; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil. Os oito são acusados de terem cometido cinco crimes: golpe de Estado abolição violenta do Estado Democrático de Direito organização criminosa armada dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. O passo a passo Veja em tópicos como será a análise da denúncia contra Bolsonaro e os aliados. a primeira sessão será aberta pelo presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin; na sequência, será lido o relatório pelo ministro Alexandre de Moraes. O documento reúne informações sobre o andamento das investigações; autora da denúncia, a PGR deve apresentar suas considerações sobre o caso. A chamada sustentação oral terá 30 minutos de duração e será feita pelo procurador-geral, Paulo Gonet. os advogados dos acusados vão apresentar seus argumentos. Cada representante terá 15 minutos, em ordem a ser definida pelo presidente da Turma, Cristiano Zanin; o relator, Alexandre de Moraes, começa a votar sobre as chamadas questões preliminares – são questionamentos processuais levantados pela defesa, como competência do colegiado para julgamento, por exemplo; os outros quatro ministros da Turma votam sobre as preliminares. Apresentam seus votos nesta ordem: Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, que preside o colegiado. o relator, então, analisa o mérito da denúncia, ou seja, se manifesta diretamente sobre o pedido de abertura de ação penal; os demais ministros votam no mérito. Apresentam seus votos nesta ordem: Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.


1ª Turma do STF começa a decidir se aceita a acusação da PGR contra o 'núcleo crucial' da organização que teria planejado um golpe. Se denunciados virarem réus, vão responder a um processo no Supremo. O ex-presidente Jair Bolsonaro em imagem de fevereiro de 2025 Sergio Lima / AFP A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai realizar três sessões, entre terça (25) e quarta-feira (26), para decidir se aceita denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete acusados de tentativa de golpe de Estado em 2022. Se a denúncia for rejeitada, o caso será arquivado. Contudo, caso a acusação seja aceita, os oito denunciados pela Procuradoria-Geral da República vão se tornar réus. Ou seja, será aberta uma ação penal, e o grupo vai responder a um processo no STF. Depois disso, terá início a chamada fase da "instrução processual", quando são colhidas as provas e depoimentos de testemunhas e acusados. Encerrada esta etapa, será realizado outro julgamento: desta vez, os ministros vão decidir se os envolvidos são considerados culpados ou inocentes. Se forem inocentados, o processo será arquivado. Se forem condenados, terão fixadas penas de forma individual, a depender da participação de cada um nas ações ilegais. Quem são os denunciados? PGR rebate argumentos e defende tornar réus Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe A PGR afirma que os denunciados fazem parte do "núcleo crucial" da organização criminosa golpista. Integram esse grupo: Jair Bolsonaro, ex-presidente; Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Almir Garnier Santos; ex-comandante da Marinha do Brasil; Anderson Torres; ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal; General Augusto Heleno; ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência; Mauro Cid; ex-chefe da Ajudância de Ordens da Presidência; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil. Os oito são acusados de terem cometido cinco crimes: golpe de Estado abolição violenta do Estado Democrático de Direito organização criminosa armada dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. O passo a passo Veja em tópicos como será a análise da denúncia contra Bolsonaro e os aliados. a primeira sessão será aberta pelo presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin; na sequência, será lido o relatório pelo ministro Alexandre de Moraes. O documento reúne informações sobre o andamento das investigações; autora da denúncia, a PGR deve apresentar suas considerações sobre o caso. A chamada sustentação oral terá 30 minutos de duração e será feita pelo procurador-geral, Paulo Gonet. os advogados dos acusados vão apresentar seus argumentos. Cada representante terá 15 minutos, em ordem a ser definida pelo presidente da Turma, Cristiano Zanin; o relator, Alexandre de Moraes, começa a votar sobre as chamadas questões preliminares – são questionamentos processuais levantados pela defesa, como competência do colegiado para julgamento, por exemplo; os outros quatro ministros da Turma votam sobre as preliminares. Apresentam seus votos nesta ordem: Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, que preside o colegiado. o relator, então, analisa o mérito da denúncia, ou seja, se manifesta diretamente sobre o pedido de abertura de ação penal; os demais ministros votam no mérito. Apresentam seus votos nesta ordem: Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.