Netanyahu diz que vai negociar redução de tarifas com Trump

Líderes de Israel e EUA se reúnem em Washington nesta 2ª feira; também abordam temas relacionados à guerra na Faixa de Gaza

Abr 7, 2025 - 14:00
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Netanyahu diz que vai negociar redução de tarifas com Trump

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que irá negociar uma redução das tarifas em reunião na Casa Branca com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), nesta 2ª feira (7.abr.2025).

Além de notável aliado político, os EUA são o principal parceiro econômico de Israel. Conforme a nova política econômica implementada por Trump, o país do Oriente Médio será tarifado em 17%.

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Eu espero poder ajudar nesse problema. Essa é a intenção. Sou o 1º líder internacional, o 1º líder estrangeiro que encontrará o presidente Trump para falar sobre essa situação, que é tão importante para a economia de Israel”, disse Netanyahu.

O primeiro-ministro israelense ressaltou que há uma “longa lista de líderes” que querem se reunir com Trump e afirmou que ter a chance de conversar com o republicano demonstra o “vínculo pessoal especial, assim como os laços especiais entre EUA e Israel”.

Bezalel Smotrich, ministro das Finanças de Israel, afirmou na 5ª feira (3.abr) que o tarifaço de Trump impacta nas exportações de maquinário e equipamentos médicos israelenses. Smotrich disse que analisaria “oportunidades e riscos para formular ações tanto em relação a Trump, quanto para fortalecer a indústria de Israel”.

Israel e Estados Unidos assinaram um acordo de livre comércio há quase 40 anos, estabelecendo que cerca de 98% dos bens norte-americanos são livres de impostos. O ministro das Finanças apontou que o valor relacionado à coleta de impostos de produtos oriundos dos EUA é de cerca de US$ 11,3 milhões por ano.

Ademais, Israel já se movimenta para zerar as tarifas restantes sobre itens importados dos Estados Unidos.

Além das tarifas, Netanyahu também discutirá com Trump temas relacionados à guerra da Faixa de Gaza. Entre os tópicos, segundo a Reuters, estão a libertação de reféns que ainda estão em posse do grupo extremista Hamas e a conquista de demais territórios no enclave.