O motivo chocante pelo qual Vladimir Putin anda com um braço sempre rígido

Você já reparou que o presidente russo Vladimir Putin caminha de um jeito diferente? Aos 72 anos, ele chama atenção não apenas por suas decisões políticas, mas também por um detalhe curioso: enquanto seu braço esquerdo balança naturalmente ao andar, o direito permanece quase imóvel, próximo ao corpo. Esse movimento incomum, que alguns descreveriam como “robótico”, pode ter uma explicação surpreendente – e nada tem a ver com programação ou falhas biomecânicas.

Tudo indica que o hábito vem de seu passado como oficial da KGB, a antiga agência de inteligência da União Soviética. Especialistas sugerem que a postura rígida do braço direito está ligada a treinamentos militares. De acordo com manuais da KGB, agentes eram instruídos a manter a mão dominante (geralmente a direita) próxima ao peito durante caminhadas. O objetivo? Permitir que sacassem uma arma com rapidez em situações de perigo.

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Essa teoria ganhou força em 2015, quando pesquisadores da Universidade Radboud, na Holanda, publicaram um estudo na revista British Medical Journal. Liderados pelo professor de neurologia Bastiaan Bloem, a equipe analisou vídeos de Putin disponíveis no YouTube e identificou o padrão recorrente: o braço direito quase não se movia durante a marcha. Os cientistas até batizaram o fenômeno de “marcha do pistoleiro”, em referência ao jeito como cowboys do Velho Oeste mantinham as mãos perto do coldre.

O mais intrigante é que o mesmo padrão foi observado em outras figuras de alto escalão da Rússia. Dmitry Medvedev, ex-primeiro-ministro e aliado próximo de Putin, Anatoly Serdyukov (ex-ministro da Defesa), Sergei Ivanov (alto funcionário do governo) e o general Anatoly Sidorov também apresentam a característica de braço direito imóvel ao caminhar. Para os pesquisadores, isso reforça a ligação com treinamentos militares ou de inteligência, já que todos esses homens têm histórico em carreiras ligadas à segurança do Estado.

Embora pareça exagerado em tempos de paz, o gesto faz sentido em contextos de alto risco. Manter a mão dominante próxima ao corpo reduz em frações de segundo o tempo de reação para sacar uma arma – algo crucial para agentes em missões perigosas. No caso de Putin, que já ocupou posições estratégicas na KGB durante a Guerra Fria, o hábito pode ter se tornado automático após décadas de treinamento.

Claro, há quem questione se a explicação é tão simples. Alguns médicos já especularam sobre possíveis condições neurológicas, mas o fato de o padrão se repetir em outros ex-militares russos sugere que a adaptação comportamental é a hipótese mais plausível. Afinal, manuais de treinamento de forças especiais ao redor do mundo frequentemente incluem técnicas para otimizar movimentos em situações de combate.

Seja por precaução ou por puro reflexo, o jeito peculiar de Putin andar virou uma espécie de marca registrada. E enquanto o mundo acompanha seus passos na política internacional, curiosos continuam de olho nos detalhes – até nos que parecem insignificantes, como o balanço (ou a falta dele) de um braço.

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