Moraes inclui detalhes e gráficos sobre condenações em voto: 'Só quatro mulheres com mais de 66 anos foram condenadas a penas graves'

VEJA ÍNTEGRA DO VOTO. Ministro explicitou que as quatro rés foram presas dentro do Planalto e tinham vídeos nos celulares de teor golpista ou celebrando e registrando a invasão. Alexandre de Moraes em sessão da Primeira Turma do STF. Antonio Augusto/STF Numa segunda etapa do esforço para reagir ao que chama de mentirosa e falsa versão de um "bucólico passeio de velhinhas com Bíblias" ou "de pessoas que estavam com batom e foram somente pichar a Estátua da Justiça", o ministro Alexandre de Moraes incluiu na íntegra de seu voto gráficos e tabelas com detalhes sobre faixa etária, distribuição de penas e volume de acordos de prestação de serviços à comunidade de mais de mil presos nas manifestações golpistas de 8 de janeiro. O voto formal do ministro no julgamento que tornou réus o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete acusados foi registrado nos sistemas do Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde desta quinta-feira (27). VEJA A ÍNTEGRA AQUI. Os gráficos e as tabelas juntados aos anais do STF são mais detalhadas do que os exibidos no julgamento. O voto traz ainda o registro de que apenas 4 mulheres acima de 66 anos receberam penas privativas de liberdade no Supremo. Elas foram presas dentro do Palácio do Planalto durante a invasão e tinham em seus telefones, periciados pela PF, vídeos celebrando a invasão e de conteúdo golpista, segundo descreve o ministro. Gráfico em voto de Moraes no julgamento que tornou Bolsonaro réu por tentativa de golpe. Reprodução “A análise estatística demonstra que, de 1.039 pessoas responsabilizadas pelos crimes decorrentes da Tentativa de Golpe de Estado e Atentado ao Estado Democrático de Direito, em 8 de janeiro de 2023, somente quatro mulheres, com 66 anos ou mais, ou seja, 0,38% do total, foram condenadas a penas privativas de liberdade”, inicia o ministro. Saiba mais: Bolsonaro ignorou pedido de aliados para falar pouco; base de Lula celebra Bolsonaro réu: julgamento teve embate de teses entre Cármen Lúcia e Fux “Nenhuma das quatro mulheres com mais de 66 anos, diferentemente do que falsa e criminosamente é divulgado nas redes sociais pelas milícias digitais, foi presa “rezando” ou com a “bíblia na mão”, mas participando ativamente dos graves crimes contra a democracia brasileira, tendo invadido e sido presas dentro das sedes dos Três Poderes parcialmente destruídas, conforme se verifica nas decisões condenatórias”, segue Moraes. Uma das presas, segundo a decisão, tinha vídeos dentro de uma caravana até o quartel general do Exército, além de conteúdo golpista. Outra chegou a se registrar dentro do Planalto já invadido, celebrando a tentativa de golpe. Todas tinham material comprovando o intento de golpe e a invasão dos prédios nos telefones, além de terem sido presas dentro do Planalto já depredado.

Mar 27, 2025 - 22:29
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Moraes inclui detalhes e gráficos sobre condenações em voto: 'Só quatro mulheres com mais de 66 anos foram condenadas a penas graves'

VEJA ÍNTEGRA DO VOTO. Ministro explicitou que as quatro rés foram presas dentro do Planalto e tinham vídeos nos celulares de teor golpista ou celebrando e registrando a invasão. Alexandre de Moraes em sessão da Primeira Turma do STF. Antonio Augusto/STF Numa segunda etapa do esforço para reagir ao que chama de mentirosa e falsa versão de um "bucólico passeio de velhinhas com Bíblias" ou "de pessoas que estavam com batom e foram somente pichar a Estátua da Justiça", o ministro Alexandre de Moraes incluiu na íntegra de seu voto gráficos e tabelas com detalhes sobre faixa etária, distribuição de penas e volume de acordos de prestação de serviços à comunidade de mais de mil presos nas manifestações golpistas de 8 de janeiro. O voto formal do ministro no julgamento que tornou réus o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete acusados foi registrado nos sistemas do Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde desta quinta-feira (27). VEJA A ÍNTEGRA AQUI. Os gráficos e as tabelas juntados aos anais do STF são mais detalhadas do que os exibidos no julgamento. O voto traz ainda o registro de que apenas 4 mulheres acima de 66 anos receberam penas privativas de liberdade no Supremo. Elas foram presas dentro do Palácio do Planalto durante a invasão e tinham em seus telefones, periciados pela PF, vídeos celebrando a invasão e de conteúdo golpista, segundo descreve o ministro. Gráfico em voto de Moraes no julgamento que tornou Bolsonaro réu por tentativa de golpe. Reprodução “A análise estatística demonstra que, de 1.039 pessoas responsabilizadas pelos crimes decorrentes da Tentativa de Golpe de Estado e Atentado ao Estado Democrático de Direito, em 8 de janeiro de 2023, somente quatro mulheres, com 66 anos ou mais, ou seja, 0,38% do total, foram condenadas a penas privativas de liberdade”, inicia o ministro. Saiba mais: Bolsonaro ignorou pedido de aliados para falar pouco; base de Lula celebra Bolsonaro réu: julgamento teve embate de teses entre Cármen Lúcia e Fux “Nenhuma das quatro mulheres com mais de 66 anos, diferentemente do que falsa e criminosamente é divulgado nas redes sociais pelas milícias digitais, foi presa “rezando” ou com a “bíblia na mão”, mas participando ativamente dos graves crimes contra a democracia brasileira, tendo invadido e sido presas dentro das sedes dos Três Poderes parcialmente destruídas, conforme se verifica nas decisões condenatórias”, segue Moraes. Uma das presas, segundo a decisão, tinha vídeos dentro de uma caravana até o quartel general do Exército, além de conteúdo golpista. Outra chegou a se registrar dentro do Planalto já invadido, celebrando a tentativa de golpe. Todas tinham material comprovando o intento de golpe e a invasão dos prédios nos telefones, além de terem sido presas dentro do Planalto já depredado.