Memória da infame aliança comuno-nazi

Lula com Putin em Moscovo: vénia do ex-opositor da ditadura brasileira ao tirano russo   Lula da Silva, vergonhosamente, foi um dos 29 dirigentes internacionais que ontem compareceram ao beija-mão a Putin na Praça Vermelha, assinalando o chamado Dia da Vitória. Ocasião aproveitada pelo ditador russo, com descarado despudor, para comparar a guerra defensiva que a URSS travou contra a Alemanha nazi à actual "operação militar especial" iniciada em Fevereiro de 2022 pelo Kremlin contra a vizinha Ucrânia, em flagrante violação do direito internacional. Ver Lula e Putin no mesmo palco é chocante, embora não surpreendente. O antigo opositor à ditadura brasileira presta agora vénia a um dos maiores déspotas do planeta, que oprime e escraviza não apenas o povo russo: quer fazer o mesmo às nações vizinhas.   A Praça Vermelha costuma atrair péssima gente. A 1 de Maio de 1941, noutro desfile, apareceram ali outros convidados: oficiais de alta patente da Alemanha hitleriana, então aliada da União Soviética de Estaline no esmagamento de diversos Estados europeus. Da Polónia à França. Passando por Checoslováquia, Dinamarca, Noruega, Bélgica, Luxemburgo, Estónia, Letónia, Lituânia, Finlândia. Berlim e Moscovo haviam-se aliado em 23 de Agosto de 1939, o que esteve na origem imediata da II Guerra Mundial. Estreita cumplicidade só quebrada a 22 de Junho de 1941, quando Hitler deu ordem à sua tropa para invadir a URSS. Cinquenta e dois dias antes, nesse 1.º de Maio moscovita, ainda figuravam como sorridentes comparsas no esmagamento de outros povos. Vale a pena ver o filme desse dia. Para que a infame aliança comuno-nazi não se dissipe no nevoeiro da memória colectiva.  

Mai 10, 2025 - 09:59
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Memória da infame aliança comuno-nazi

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Lula com Putin em Moscovo: vénia do ex-opositor da ditadura brasileira ao tirano russo

 

Lula da Silva, vergonhosamente, foi um dos 29 dirigentes internacionais que ontem compareceram ao beija-mão a Putin na Praça Vermelha, assinalando o chamado Dia da Vitória. Ocasião aproveitada pelo ditador russo, com descarado despudor, para comparar a guerra defensiva que a URSS travou contra a Alemanha nazi à actual "operação militar especial" iniciada em Fevereiro de 2022 pelo Kremlin contra a vizinha Ucrânia, em flagrante violação do direito internacional.

Ver Lula e Putin no mesmo palco é chocante, embora não surpreendente. O antigo opositor à ditadura brasileira presta agora vénia a um dos maiores déspotas do planeta, que oprime e escraviza não apenas o povo russo: quer fazer o mesmo às nações vizinhas.

 

A Praça Vermelha costuma atrair péssima gente. A 1 de Maio de 1941, noutro desfile, apareceram ali outros convidados: oficiais de alta patente da Alemanha hitleriana, então aliada da União Soviética de Estaline no esmagamento de diversos Estados europeus. Da Polónia à França. Passando por Checoslováquia, Dinamarca, Noruega, Bélgica, Luxemburgo, Estónia, Letónia, Lituânia, Finlândia.

Berlim e Moscovo haviam-se aliado em 23 de Agosto de 1939, o que esteve na origem imediata da II Guerra Mundial. Estreita cumplicidade só quebrada a 22 de Junho de 1941, quando Hitler deu ordem à sua tropa para invadir a URSS.

Cinquenta e dois dias antes, nesse 1.º de Maio moscovita, ainda figuravam como sorridentes comparsas no esmagamento de outros povos. Vale a pena ver o filme desse dia. Para que a infame aliança comuno-nazi não se dissipe no nevoeiro da memória colectiva.