Martín Anselmi: «Estoril? Jogamos contra nós mesmos e temos de ser melhores»

Na véspera da visita à Amoreira, Martín Anselmi realizou a habitual conferência de imprensa pré-jogo. Na antevisão, o treinador dos dragões analisou o adversário, comentou a paragem para as seleções e afirmou que, independentemente do adversário, a equipa joga, sobretudo, contra si própria. Vamos defrontar uma equipa que está muito bem em 2025: só perdeu contra o Sporting. São fortes em casa, defendem bem juntos, em espaços curtos, sabem quando saltar na pressão. Quando têm bola sabem atacar, têm bons jogadores e tiveram o médio do mês pela segunda vez consecutiva. Parece-me que vai ser um grande desafio e um bonito cenário, vamos enfrentar um bom adversário. Senti o apoio do presidente desde a primeira vez que falámos. Sempre soube do projeto que queríamos armar e sabia que ia ter todo o apoio, não só de Villas-Boas como de todos no FC Porto. Sabemos que caminho queremos percorrer, para onde vamos e que FC Porto vamos construir. Não queremos um FC Porto do hoje, queremos um FC Porto de sempre. Não queremos só resolver os problemas de agora, queremos pensar também no amanhã. Sabemos que leva tempo, que é preciso trabalho, que é um processo. Claro que o presidente dizer isso publicamente é uma mensagem muito mais forte para todos. Estou muito feliz de pertencer ao FC Porto e pelas gentes que trabalham cá. Tenho ambição e reafirmo tudo o que o presidente disse. Temos de nos preparar para o futuro para chegar aquilo que tanto queremos construir. Tivemos muitos jogadores nas seleções. Também há algum descanso, porque estiveram muito tempo sem parar e decidimos dar umas folgas aos jogadores. Recuperámos bem e respira-se um lindo ambiente, com alegria e vontade. No final, foi uma semana e pouco como qualquer outra. Com os que ficaram por cá, pudemos trabalhar o conceito da equipa e não preparar só um jogo, trabalhámos o nosso modelo e isso é sempre bom. Ainda assim, gosto de competir e de continuidade.  Há contextos e contextos. Por um lado foi bom parar, porque há jogadores que precisam descansar e coisas por trabalhar. Por outro lado, com o decorrer das semanas e a melhorar exibicionalmente, claro que prefiro competir. Mas aproveitamos de qualquer das formas. Aproveitámos para trabalhar a linha defensiva, porque estavam cá todos - menos o Eustáquio. Mas fizemos trabalhos específicos: posicionamentos nos cruzamentos, onde queremos pressionar, as distâncias entre setores... São coisas que ajudam muito e, para mim, a fase defensiva tem grande importância, é a que controla quem está a dominar o jogo. Se o rival se frusta por não ter por onde atacar, nós crescemos. A forma de atacar depende sempre de como vamos atacar, porque é o rival que nos mostra os caminhos. Agora, a parte defensiva nós é que definimos sempre: se queremos pressionar alto, juntar-nos em bloco, quem salta em qual jogador... Isso decidimos nós. Claro que o futebol é imprevisível e acontecem coisas que não controlamos, mas é uma fase que gosto de trabalhar e conseguimos nesta pausa. É importante porque ganham experiência. Além disso, creio que, para qualquer jogador de futebol, vestir a camisola da seleção é o nível máximo. O Namaso foi convocado pela primeira vez para os Camarões e falei com ele quando chegou: estava muito feliz. É uma experiência única. Seja para o Deniz, o Namaso, o Samu... Ser convocado para a seleção espanhola não é para qualquer um. O Gul tem um selecionador que foi um avançado de excelência e, por aí, também recebe conselhos que o fazem crescer. Todos eles se relacionam com melhores e diferentes jogadores e, por isso, ganham experiência e nós agradecemos. Vi-o feliz. Pelo menos, parecia, nas redes sociais. Espero que continue a ser feliz até ao final da época. Está contente, disfruta do dia a dia e isso é o mais importante. É o que o vai levar aos seus objetivos pessoais. Para um avançado, os golos são muito importantes; se marca, é uma grande partida, se não marca, é uma má partida. Volto a repetir, para mim, no último jogo, o Samu fez a melhor exibição desde que sou treinador do FC Porto. Não é novidade que queira marcar, mas, assim, está mais perto de marcar.  

Mar 29, 2025 - 15:36
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Martín Anselmi: «Estoril? Jogamos contra nós mesmos e temos de ser melhores»
Na véspera da visita à Amoreira, Martín Anselmi realizou a habitual conferência de imprensa pré-jogo. Na antevisão, o treinador dos dragões analisou o adversário, comentou a paragem para as seleções e afirmou que, independentemente do adversário, a equipa joga, sobretudo, contra si própria. Vamos defrontar uma equipa que está muito bem em 2025: só perdeu contra o Sporting. São fortes em casa, defendem bem juntos, em espaços curtos, sabem quando saltar na pressão. Quando têm bola sabem atacar, têm bons jogadores e tiveram o médio do mês pela segunda vez consecutiva. Parece-me que vai ser um grande desafio e um bonito cenário, vamos enfrentar um bom adversário. Senti o apoio do presidente desde a primeira vez que falámos. Sempre soube do projeto que queríamos armar e sabia que ia ter todo o apoio, não só de Villas-Boas como de todos no FC Porto. Sabemos que caminho queremos percorrer, para onde vamos e que FC Porto vamos construir. Não queremos um FC Porto do hoje, queremos um FC Porto de sempre. Não queremos só resolver os problemas de agora, queremos pensar também no amanhã. Sabemos que leva tempo, que é preciso trabalho, que é um processo. Claro que o presidente dizer isso publicamente é uma mensagem muito mais forte para todos. Estou muito feliz de pertencer ao FC Porto e pelas gentes que trabalham cá. Tenho ambição e reafirmo tudo o que o presidente disse. Temos de nos preparar para o futuro para chegar aquilo que tanto queremos construir. Tivemos muitos jogadores nas seleções. Também há algum descanso, porque estiveram muito tempo sem parar e decidimos dar umas folgas aos jogadores. Recuperámos bem e respira-se um lindo ambiente, com alegria e vontade. No final, foi uma semana e pouco como qualquer outra. Com os que ficaram por cá, pudemos trabalhar o conceito da equipa e não preparar só um jogo, trabalhámos o nosso modelo e isso é sempre bom. Ainda assim, gosto de competir e de continuidade.  Há contextos e contextos. Por um lado foi bom parar, porque há jogadores que precisam descansar e coisas por trabalhar. Por outro lado, com o decorrer das semanas e a melhorar exibicionalmente, claro que prefiro competir. Mas aproveitamos de qualquer das formas. Aproveitámos para trabalhar a linha defensiva, porque estavam cá todos - menos o Eustáquio. Mas fizemos trabalhos específicos: posicionamentos nos cruzamentos, onde queremos pressionar, as distâncias entre setores... São coisas que ajudam muito e, para mim, a fase defensiva tem grande importância, é a que controla quem está a dominar o jogo. Se o rival se frusta por não ter por onde atacar, nós crescemos. A forma de atacar depende sempre de como vamos atacar, porque é o rival que nos mostra os caminhos. Agora, a parte defensiva nós é que definimos sempre: se queremos pressionar alto, juntar-nos em bloco, quem salta em qual jogador... Isso decidimos nós. Claro que o futebol é imprevisível e acontecem coisas que não controlamos, mas é uma fase que gosto de trabalhar e conseguimos nesta pausa. É importante porque ganham experiência. Além disso, creio que, para qualquer jogador de futebol, vestir a camisola da seleção é o nível máximo. O Namaso foi convocado pela primeira vez para os Camarões e falei com ele quando chegou: estava muito feliz. É uma experiência única. Seja para o Deniz, o Namaso, o Samu... Ser convocado para a seleção espanhola não é para qualquer um. O Gul tem um selecionador que foi um avançado de excelência e, por aí, também recebe conselhos que o fazem crescer. Todos eles se relacionam com melhores e diferentes jogadores e, por isso, ganham experiência e nós agradecemos. Vi-o feliz. Pelo menos, parecia, nas redes sociais. Espero que continue a ser feliz até ao final da época. Está contente, disfruta do dia a dia e isso é o mais importante. É o que o vai levar aos seus objetivos pessoais. Para um avançado, os golos são muito importantes; se marca, é uma grande partida, se não marca, é uma má partida. Volto a repetir, para mim, no último jogo, o Samu fez a melhor exibição desde que sou treinador do FC Porto. Não é novidade que queira marcar, mas, assim, está mais perto de marcar.