Magnata grego deixa o controle do Nottingham Forest e mantém interesse no São Paulo

Evangelos Marinakis decidiu se afastar das funções que exercia no Nottingham Forest, movimento que ocorre em um momento decisivo da temporada para o clube inglês, que ainda busca uma vaga entre os cinco primeiros colocados da Premier League e a consequente classificação para a próxima edição da Champions League.

A escolha do empresário está diretamente relacionada às normas da Uefa, que vetam a participação de duas equipes com o mesmo proprietário em competições europeias, já que o grego também comanda o Olympiacos, líder isolado do Campeonato local e também com grandes chances de disputar a principal competição continental em 2025/26.

Como alternativa para seguir envolvido no time inglês sem infringir o regulamento da entidade, Marinakis comunicou que deixará de ter controle direto sobre o Forest, visto que as ações sob sua titularidade passarão a ser administradas por um truste, o que deve permitir a continuidade da equipe no cenário europeu caso a classificação se concretize.

Ao mesmo tempo, a rede de clubes associada ao empresário, que inclui também o Rio Ave, de Portugal, passará a ser coordenada pelo diretor esportivo Edu Gaspar, ex-jogador e ex-membro da comissão técnica da seleção brasileira, que deixou o Arsenal no fim de 2024 após cinco anos atuando no departamento de futebol da equipe londrina.

Interesse de Marinakis no São Paulo

O empresário esteve em ao menos duas reuniões com o presidente do São Paulo, Julio Casares, para discutir uma possível parceria com foco nas categorias de base. O modelo em análise prevê um intercâmbio de atletas e profissionais, sem transferência de controle, com o objetivo de impulsionar a formação de jovens talentos e fortalecer o potencial de receita futura para o time paulista a partir de futuras transferências.

O Tricolor busca manter a gestão de Cotia sob seu comando, enquanto o magnata poderia ter acesso privilegiado a jogadores em formação e oportunidades de investimento técnico e comercial.

O avanço nas conversas coincide com um momento de reformulação na gestão esportiva de Marinakis, que passa a focar em estruturas paralelas de controle para manter seus clubes ativos em diferentes competições, sem infringir os regulamentos internacionais. A possível entrada no futebol brasileiro seria mais um passo para ampliar sua presença global no mercado da bola, e o interesse em Cotia sinaliza o foco estratégico na base como alicerce para negócios futuros.

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