Trump propõe cortar orçamento da NASA em 24% e atinge estação espacial lunar

A administração americana, atualmente sob a presidência de Donald Trump, lançou o chamado orçamento enxuto de 2026, um esboço das prioridades e gastos planejados, com um corte proposto de US$ 163 bilhões (cerca de R$ 915 bi). Uma das agências mais afetadas é a espacial, com a NASA recebendo um corte de US$ 6 bilhões (R$ 33 bi) em comparação com 2025, ou 24% do orçamento atual. Quanto dinheiro a NASA precisa para levar novos astronautas à Lua? NASA abre Programa Artemis para outras nações participarem do retorno à Lua Segundo a organização sem fins lucrativos Planetary Society, caso concretizado, o corte será o maior sofrido pela NASA em um único ano. As áreas mais afetadas, segundo a proposta, serão a ciência espacial (US$ 2,3 bi, ou R$ 12,9 bi), ciências da Terra (US$ 1,2 bi ou R$ 6,7 bi) e sistemas de exploração espacial humana (US$ 900 milhões, ou R$ 5 bi).  Cortes da NASA e nos projetos Segundo um comunicado da NASA sob administração Trump, o plano é acabar com programas como o de aviação sustentável, bem como eliminação de iniciativas de diversidade, equidade, inclusão e acessibilidade (DEIA, na sigla em inglês). Os cortes, que ainda precisam ser aprovados pelo congresso americano, também significam o fim de diversos projetos espaciais já em andamento. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Os cortes na NASA fazem parte de uma mudança de prioridade vislumbrada pelo governo Trump — o foco agora está em levar o homem à Lua novamente antes da China e chegar até Marte com missões tripuladas (Imagem: Laurenz Heymann/Unsplash) Um dos projetos é o de recuperação de uma amostra em Marte, coletada pela rover Perseverance, que seria trazida de volta à Terra em conjunto com a Agência Espacial Europeia (ESA). O programa Gateway, que planejada colocar uma estação espacial orbitando a Lua, também seria cortado, parte do programa Artemis. O orçamento mira no fim do Space Launch System (SLS), foguete usado nas missões Artemis, e da Cápsula Orion, considerados “grosseiramente caros” pelo novo governo, que apontou um custo de US$ 4 bi (R$ 22 bi) por lançamento, algo considerado 140% acima do ideal. Isso descontinuaria os equipamentos após três voos, em favor de um programa de maior custo-benefício, segundo a NASA de Trump. SLS e Orion voaram juntos apenas uma vez, na missão não-tripulada Artemis I. O único departamento da NASA a receber mais verba seria o de exploração espacial humana, com US$ 650 mi (R$ 3,6 bi) a mais. Em comunicado, a agência comentou o aumento como um reflexo das prioridades administrativas do governo Trump, que valorizam “o retorno à Lua antes da China e colocação do homem em Marte”. Leia também: NASA faz a 5ª caminhada espacial 100% feminina correndo contra o tempo na ISS O que é a NASA? Saiba tudo sobre a agência espacial dos EUA NASA quer ideias para mascote que vai acompanhar astronautas à Lua VÍDEO: Colonização da Lua [CT Inovação]   Leia a matéria no Canaltech.

Mai 3, 2025 - 00:08
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Trump propõe cortar orçamento da NASA em 24% e atinge estação espacial lunar

A administração americana, atualmente sob a presidência de Donald Trump, lançou o chamado orçamento enxuto de 2026, um esboço das prioridades e gastos planejados, com um corte proposto de US$ 163 bilhões (cerca de R$ 915 bi). Uma das agências mais afetadas é a espacial, com a NASA recebendo um corte de US$ 6 bilhões (R$ 33 bi) em comparação com 2025, ou 24% do orçamento atual.

Segundo a organização sem fins lucrativos Planetary Society, caso concretizado, o corte será o maior sofrido pela NASA em um único ano. As áreas mais afetadas, segundo a proposta, serão a ciência espacial (US$ 2,3 bi, ou R$ 12,9 bi), ciências da Terra (US$ 1,2 bi ou R$ 6,7 bi) e sistemas de exploração espacial humana (US$ 900 milhões, ou R$ 5 bi). 

Cortes da NASA e nos projetos

Segundo um comunicado da NASA sob administração Trump, o plano é acabar com programas como o de aviação sustentável, bem como eliminação de iniciativas de diversidade, equidade, inclusão e acessibilidade (DEIA, na sigla em inglês). Os cortes, que ainda precisam ser aprovados pelo congresso americano, também significam o fim de diversos projetos espaciais já em andamento.

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Os cortes na NASA fazem parte de uma mudança de prioridade vislumbrada pelo governo Trump — o foco agora está em levar o homem à Lua novamente antes da China e chegar até Marte com missões tripuladas (Imagem: Laurenz Heymann/Unsplash)
Os cortes na NASA fazem parte de uma mudança de prioridade vislumbrada pelo governo Trump — o foco agora está em levar o homem à Lua novamente antes da China e chegar até Marte com missões tripuladas (Imagem: Laurenz Heymann/Unsplash)

Um dos projetos é o de recuperação de uma amostra em Marte, coletada pela rover Perseverance, que seria trazida de volta à Terra em conjunto com a Agência Espacial Europeia (ESA). O programa Gateway, que planejada colocar uma estação espacial orbitando a Lua, também seria cortado, parte do programa Artemis.

O orçamento mira no fim do Space Launch System (SLS), foguete usado nas missões Artemis, e da Cápsula Orion, considerados “grosseiramente caros” pelo novo governo, que apontou um custo de US$ 4 bi (R$ 22 bi) por lançamento, algo considerado 140% acima do ideal. Isso descontinuaria os equipamentos após três voos, em favor de um programa de maior custo-benefício, segundo a NASA de Trump. SLS e Orion voaram juntos apenas uma vez, na missão não-tripulada Artemis I.

O único departamento da NASA a receber mais verba seria o de exploração espacial humana, com US$ 650 mi (R$ 3,6 bi) a mais. Em comunicado, a agência comentou o aumento como um reflexo das prioridades administrativas do governo Trump, que valorizam “o retorno à Lua antes da China e colocação do homem em Marte”.

Leia também:

VÍDEO: Colonização da Lua [CT Inovação]

 

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