Cotados na Seleção, Jorge Jesus e Abel têm ampla diferença de salários

Encontrando dificuldades em concretizar a chegada de Carlo Ancelotti, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) voltou a avaliar alternativas para o comando da Seleção Brasileira. Dois nomes portugueses voltam ao radar: Abel Ferreira, do Palmeiras, e Jorge Jesus, demitido recentemente do Al-Hilal, da Arábia Saudita.

Além das questões esportivas e de estilo, o aspecto financeiro pesa nas discussões internas da entidade. E, nesse ponto, há uma disparidade considerável entre os dois treinadores.

No Palmeiras desde 2020, Abel Ferreira é o técnico mais longevo da Série A do Brasileirão. Sob seu comando, o clube conquistou duas Libertadores, dois Brasileiros e uma Copa do Brasil, consolidando o português como um dos treinadores mais vitoriosos da história alviverde. Em janeiro de 2024, ele renovou seu contrato por mais dois anos. Segundo o jornal português O Jogo, Abel passou a receber um salário anual de 6 milhões de euros — o equivalente a cerca de R$ 33 milhões no câmbio atual. O total do novo vínculo soma 12 milhões de euros (R$ 66 milhões).

Jorge Jesus, por outro lado, já não comanda mais o Al-Hilal. De acordo com veículos internacionais, ele faturava anualmente 12,5 milhões de euros — mais que o dobro do salário de Abel Ferreira.

A diferença salarial evidencia o quanto o mercado saudita inflacionou o valor de treinadores de elite. Mesmo em meio a incertezas, Jesus continua entre os técnicos mais bem pagos do mundo. Vale lembrar que sua passagem pelo Brasil, em 2019, foi curta mas marcante: em pouco mais de um ano no Flamengo, conquistou Libertadores, Brasileirão, Supercopa, Recopa e Carioca, deixando um forte legado entre torcedores e dirigentes.

A CBF ainda não bateu o martelo sobre o futuro da Seleção, mas a escolha envolverá mais do que apenas resultados em campo.

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