Pan de 2031: Rio e Niterói entram oficialmente na disputa para sediar os Jogos
O projeto prevê investimento de mais de US$ 667 milhões, valor estimado em cerca de R$ 3,78 bilhões O post Pan de 2031: Rio e Niterói entram oficialmente na disputa para sediar os Jogos apareceu primeiro em MKT Esportivo.

Rio e Niterói oficializaram nesta semana a intenção de receber os Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos de 2031 ao entregarem um dossiê de candidatura conjunta à Panam Sports, entidade que organiza as competições. O documento, recebido e aceito pela organização, coloca as duas cidades na disputa com Assunção, no Paraguai, que já havia tentado sediar o evento anteriormente e aparece com um projeto mais consolidado pela antecipação na montagem da proposta.
A previsão orçamentária apresentada pelas cidades brasileiras gira em torno de US$ 667,5 milhões, valor estimado em cerca de R$ 3,78 bilhões, considerando a realização das duas competições. A escolha da cidade-sede será divulgada pela Panam em agosto.
Para o prefeito do Rio, Eduardo Paes, a candidatura representa mais do que a chance de sediar um novo evento esportivo, mas também uma forma de mobilização semelhante a campanhas eleitorais, com busca ativa por votos e apoio dos membros votantes.
Paes comparou a iniciativa àquelas que viabilizaram grandes eventos anteriores como a Copa do Mundo, os Jogos Olímpicos e o próprio Pan, reconhecendo o favoritismo paraguaio neste momento pela preparação antecipada, mas reforçando que o Rio segue como um forte concorrente e que o Comitê Olímpico Brasileiro já atua junto à campanha para tentar garantir a vitória brasileira.
“Temos um desafio, não é uma coisa garantida. Mas é aquele negócio, o Rio é irresistível, o Brasil é irresistível, tem o fato de a cidade estar pronta, os equipamentos estarem prontos, investimento praticamente zero, muito baixo, o que faz com que a gente tenha uma vantagem comparativa muito grande. Mas, sempre respeitando a cidade de Assunção, respeitando o adversário”, afirmou Paes.
O prefeito também destacou o potencial de transformação que um evento esportivo dessa magnitude pode trazer para a cidade, relembrando mudanças estruturais que aconteceram no Rio por causa dos Jogos Olímpicos, como a demolição da Perimetral, a criação do Boulevard Olímpico e a implementação de sistemas de transporte como os BRTs.
Para Paes, esses eventos funcionam como gatilhos para que cidades avancem em projetos que normalmente ficariam engavetados. Ele afirmou que, com os Jogos, a cobrança pública aumenta e os governos são pressionados a agir, o que impulsiona entregas de infraestrutura e legado.
“Jogos Pan-Americanos e Olimpíadas nos permitem sonhar grande, traçar metas ambiciosas e, a partir do momento que conseguirmos conquistar, é cobrança da imprensa, da população, os governos têm que se virar. É assim que é bom. Obstáculos, que parecem intransponíveis, mas você consegue superar. Tem a ver com o espírito de um atleta, do esporte”, acrescentou.
Paes concluiu a entrevista falando do simbolismo da candidatura conjunta, lembrando que Rio e Niterói já compartilham uma história comum desde a fusão entre o antigo estado da Guanabara e o estado do Rio de Janeiro, citando a Baía de Guanabara como elo natural entre as cidades e enaltecendo a paisagem única que se forma no cenário esportivo, mencionando o contraste entre a Praia de Icaraí e o horizonte carioca como exemplo do potencial visual dos jogos.
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