Justiça Federal condenou ex-servidora da CGU e ex-vice-prefeito por corrupção passiva no Pará

Decisão partiu de pedido do MPF, que apontou esquema de vantagens indevidas a gestores municipais no Pará em troca de favorecimento em fiscalizações. A Justiça Federal condenou uma ex-servidora da Controladoria-Geral da União (CGU) e um ex-vice-prefeito de Abaetetuba, na região metropolitana de Belém, por corrupção passiva. A condenação foi pedida pelo Ministério Público Federal (MPF), após as investigações. A decisão saiu na segunda-feira (28), baseando-se em provas de que os condenados atuaram em esquema de vantagens indevidas a gestores municipais no Pará em troca de favorecimento em fiscalizações da CGU. A ex-servidora foi condenada a 3 anos e 3 meses de reclusão em regime aberto e ao pagamento de multa. Também foi decretada a perda do cargo público. Já o ex-vice-prefeito recebeu pena de 2 anos de reclusão em regime aberto e multa. Ambos os réus poderão recorrer da decisão em liberdade. Para ambos, a pena privativa de liberdade foi substituída por penas restritivas de direitos: prestação de serviços à comunidade e pagamento de R$ 10 mil cada um. Esquema Durante as investigações, o esquema ilegal foi alvo da Operação Controle Constitucional, realizada em 2017 pelo MPF, CGU e Polícia Federal. No ano seguinte, o MPF apresentou a denúncia à Justiça. Foi a primeira condenação da ex-servidora em ação penal ligada à operação. Ela ainda responde a outros dez processos sobre o esquema ilegal. Já o ex-vice-prefeito responde a mais três ações penais relativas à Operação Controle Constitucional. Segundo o MPF, a ex-servidora se aproveitava do cargo para entrar em contato com gestores municipais que seriam fiscalizados pelo órgão e solicitava pagamentos em troca de proteção. O pagamento consistia na elaboração de defesa técnica relacionada às fiscalizações que seriam realizadas. A denúncia apontou que o ex-vice-prefeito atuava como intermediário, realizando o primeiro contato com os gestores municipais. De acordo com as provas, a ex-servidora solicitou entre R$ 50 mil e R$ 60 mil da Prefeitura de Pacajá (PA) para elaborar a defesa do município perante a CGU. As comunicações dela foram analisadas após autorização judicial para interceptação telefônica. Na residência dela também foram encontrados envelopes com relatório preliminar da secretaria de controle interno e solicitação de fiscalização da CGU de diversos municípios. Justiça condena envolvidos por corrupção passiva no Pará Divulgação VÍDEOS: veja todas as notícias do Pará Leia as últimas notícias do estado no g1 Pará

Abr 30, 2025 - 01:23
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Justiça Federal condenou ex-servidora da CGU e ex-vice-prefeito por corrupção passiva no Pará

Decisão partiu de pedido do MPF, que apontou esquema de vantagens indevidas a gestores municipais no Pará em troca de favorecimento em fiscalizações. A Justiça Federal condenou uma ex-servidora da Controladoria-Geral da União (CGU) e um ex-vice-prefeito de Abaetetuba, na região metropolitana de Belém, por corrupção passiva. A condenação foi pedida pelo Ministério Público Federal (MPF), após as investigações. A decisão saiu na segunda-feira (28), baseando-se em provas de que os condenados atuaram em esquema de vantagens indevidas a gestores municipais no Pará em troca de favorecimento em fiscalizações da CGU. A ex-servidora foi condenada a 3 anos e 3 meses de reclusão em regime aberto e ao pagamento de multa. Também foi decretada a perda do cargo público. Já o ex-vice-prefeito recebeu pena de 2 anos de reclusão em regime aberto e multa. Ambos os réus poderão recorrer da decisão em liberdade. Para ambos, a pena privativa de liberdade foi substituída por penas restritivas de direitos: prestação de serviços à comunidade e pagamento de R$ 10 mil cada um. Esquema Durante as investigações, o esquema ilegal foi alvo da Operação Controle Constitucional, realizada em 2017 pelo MPF, CGU e Polícia Federal. No ano seguinte, o MPF apresentou a denúncia à Justiça. Foi a primeira condenação da ex-servidora em ação penal ligada à operação. Ela ainda responde a outros dez processos sobre o esquema ilegal. Já o ex-vice-prefeito responde a mais três ações penais relativas à Operação Controle Constitucional. Segundo o MPF, a ex-servidora se aproveitava do cargo para entrar em contato com gestores municipais que seriam fiscalizados pelo órgão e solicitava pagamentos em troca de proteção. O pagamento consistia na elaboração de defesa técnica relacionada às fiscalizações que seriam realizadas. A denúncia apontou que o ex-vice-prefeito atuava como intermediário, realizando o primeiro contato com os gestores municipais. De acordo com as provas, a ex-servidora solicitou entre R$ 50 mil e R$ 60 mil da Prefeitura de Pacajá (PA) para elaborar a defesa do município perante a CGU. As comunicações dela foram analisadas após autorização judicial para interceptação telefônica. Na residência dela também foram encontrados envelopes com relatório preliminar da secretaria de controle interno e solicitação de fiscalização da CGU de diversos municípios. Justiça condena envolvidos por corrupção passiva no Pará Divulgação VÍDEOS: veja todas as notícias do Pará Leia as últimas notícias do estado no g1 Pará