Inflação oficial sobe 0,56% em março e acumula alta de 5,48% em 12 meses, informa IBGE
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,56% em março, conforme divulgado nesta sexta-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice acumula variação de 2,04% no ano e de 5,48% nos últimos 12 meses, superando os 5,06% registrados em fevereiro. De acordo com o IBGE, todos […] O post Inflação oficial sobe 0,56% em março e acumula alta de 5,48% em 12 meses, informa IBGE apareceu primeiro em O Cafezinho.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,56% em março, conforme divulgado nesta sexta-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice acumula variação de 2,04% no ano e de 5,48% nos últimos 12 meses, superando os 5,06% registrados em fevereiro.
De acordo com o IBGE, todos os grupos de produtos e serviços analisados apresentaram elevação de preços no mês.
O maior impacto partiu do grupo Alimentação e bebidas, que teve variação de 1,17% em março, acelerando em relação ao 0,70% observado em fevereiro. Esse grupo respondeu por 0,25 ponto percentual do resultado total do mês, equivalente a 45% da variação registrada pelo índice.
As principais contribuições individuais para a inflação de março vieram dos preços do tomate, com alta de 22,55%, do ovo de galinha, com 13,13%, e do café moído, que subiu 8,14%. Juntos, esses três itens representaram aproximadamente um quarto do total da inflação do mês.
Segundo Fernando Gonçalves, gerente da pesquisa, a alta no preço do tomate foi influenciada por fatores climáticos que afetaram o calendário de colheita.
“Para o tomate, com o calor dos meses de verão, houve uma aceleração na maturação, levando a antecipação da colheita em algumas praças. Sem essas áreas de colheita em março, houve uma redução na oferta, trazendo pressão de alta sobre os preços”, afirmou.
Sobre o aumento no preço dos ovos, Gonçalves relaciona a alta ao custo dos insumos e à sazonalidade da demanda.
“Para os ovos, houve aumento por conta do custo do milho, base da ração das aves, além de estarmos no período de quaresma, com maior demanda por essa proteína”, explicou.
No caso do café moído, o produto acumula alta de 77,78% nos últimos 12 meses. O gerente do IBGE associou o movimento à oferta internacional.
“Impulsionada pelo aumento do preço no mercado internacional dada a redução de oferta do grão em escala mundial, com a quebra de safra no Vietnã devido a adversidades climáticas, as quais também prejudicaram a produção interna”, afirmou.
A variação mensal do IPCA ficou em linha com a expectativa de analistas consultados pela Lseg, que previam alta de 0,56% no mês e de 5,48% na comparação anual. Em março de 2024, o índice havia registrado elevação de 0,16%.
Com o avanço observado nos preços de alimentos, o IPCA segue pressionado por fatores que afetam diretamente o consumo das famílias.
A alta no grupo Alimentação e bebidas foi a principal responsável pela variação do índice no mês, mas os demais grupos também apresentaram aumento, contribuindo para o avanço do indicador.
O IPCA é o principal indicador da inflação oficial no Brasil e serve de referência para as metas de inflação estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
O índice também orienta decisões de política monetária do Banco Central, por meio do Comitê de Política Monetária (Copom), que considera o comportamento da inflação no processo de definição da taxa básica de juros (Selic).
Com o acumulado de 5,48% nos últimos 12 meses, o índice se mantém acima do centro da meta de inflação para 2025, fixada em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
O resultado de março marca o terceiro mês consecutivo de avanço no IPCA em 2025. Em janeiro, o índice havia subido 0,42%, seguido de uma alta de 1,02% em fevereiro, o maior valor mensal desde o início do ano.
A divulgação do IPCA ocorre em um cenário de atenção por parte do mercado financeiro e das autoridades monetárias, que monitoram os desdobramentos dos preços de alimentos e energia, além de outros componentes que compõem o índice.
Com os resultados consolidados do primeiro trimestre, o comportamento da inflação será um dos principais elementos considerados pelo Copom em sua próxima reunião.
O Banco Central já sinalizou que eventuais mudanças no ritmo de redução da Selic dependerão da evolução do IPCA e de suas projeções para o horizonte relevante de política monetária.
Até o momento, não há revisão formal das metas inflacionárias, mas os dados do IBGE podem influenciar decisões futuras caso a trajetória dos preços continue acima do projetado.
Os próximos meses serão monitorados com atenção, especialmente diante de fatores climáticos, variações cambiais e mudanças nos preços internacionais de alimentos e combustíveis.
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