Fósseis no Ártico revelam parente mais antigo do salmão
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Cientistas descobriram fósseis que são os parentes mais antigos do salmão, mas em vez de águas tropicais, as evidências foram encontradas no gelado Círculo Polar Ártico.
De acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira (7), os fósseis indicam que a evolução do salmão ocorreu em ecossistemas do Ártico durante o Cretáceo Superior, há cerca de 73 milhões de anos.
Os cientistas encontraram os fósseis na formação geológica Prince Creek, no norte do Alasca, um dos principais lugares de pesquisa paleontológica do estado. Durante o Cretáceo, a formação, por localização no norte do Ártico, tinha invernos com quatro meses de escuridão total.
Após escavações que descobriram os fósseis no Ártico, os cientistas usaram uma técnica de microtomografia computadorizada por raios-x para identificar os parentes mais antigos do salmão.
A técnica gerou modelos em 3D dos fósseis, permitindo análises digitais das mandíbulas, dentes e estruturas de barbatanas sem danificar as amostras.
Aliás, as análises digitais revelaram que os fósseis, além de habitarem um ambiente totalmente oposto ao dos salmões, também são parentes antigos das carpas.
Fósseis evidenciam importância do Ártico para evolução do salmão e de outros peixes
Lisa Van Loon, pesquisadora da Western University, no Canadá e principal autora do estudo, destaca a importância da descoberta. Segundo Van Loon, a análise dos fósseis sugere que o Ártico teve um papel importante na evolução e desenvolvimento de peixes como o salmão.
“O estudo revelou novas espécies, algumas das quais representam os primeiros membros de grupos de peixes que dominam os lagos e rios do Hemisfério Norte, como o salmão, a carpa e o lúcio”, afirma a cientista.
As análises em 3D identificaram várias espécies inéditas pelos fósseis do ártico, incluindo a Sivulliusalmo alaskensis. A espécie, encontrada junto dos outros fósseis no Ártico, agora é o parente mais antigo do salmão.
Por isso, o nome científico significa “o primeiro salmão do Alasca” em Iñupiaq, idioma dos nativos do Alasca.
De acordo com Neil Banerjee, coautor do estudo, os fósseis mostram que esses antigos peixes, embora parentes do salmão e da carpa, se adaptaram ao frio polar. As mandíbulas complexas e a formação dos dentes possibilitaram a sobrevivência em condições polares.
“A nossa descoberta reformula a maneira como a ciência compreende a evolução dos peixes, destacando o Ártico como um berço de inovação em vez de apenas um destino para migração de espécies”, diz Banerjee.
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