Fim da Guerra Fria não encerrou conflitos na Ásia
Conflitos históricos e rivalidades estratégicas mantêm Índia e Paquistão em constante tensão, mesmo após acordos de cessar-fogo Índia e Paquistão acabam de concordar com mais um acordo de cessar-fogo, mas já trocam acusações de violações e provocações. Esse padrão, que persiste há décadas, mostra a urgência de uma nova abordagem para resolver o conflito. Ao […] O post Fim da Guerra Fria não encerrou conflitos na Ásia apareceu primeiro em O Cafezinho.

Conflitos históricos e rivalidades estratégicas mantêm Índia e Paquistão em constante tensão, mesmo após acordos de cessar-fogo
Índia e Paquistão acabam de concordar com mais um acordo de cessar-fogo, mas já trocam acusações de violações e provocações. Esse padrão, que persiste há décadas, mostra a urgência de uma nova abordagem para resolver o conflito.
Ao olhar para mais de 70 anos de relações turbulentas entre os vizinhos, a paz sempre foi um intervalo breve, nunca um estado duradouro. Apesar dos inúmeros acordos ao longo da Linha de Controle na Caxemira, as acusações mútuas, choques militares esporádicos e tensões diplomáticas são inevitáveis.
Por que a paz entre Índia e Paquistão nunca sai do papel?
O antagonismo entre os dois países carrega as marcas profundas do domínio colonial britânico. A estratégia de “dividir para governar” não só semeou conflitos com fronteiras artificiais, mas também intensificou tensões religiosas e étnicas.
Em 1947, com a separação, o status da Caxemira ficou indefinido, levando a guerras e migrações em massa que alimentaram o ressentimento. Hoje, a região segue sendo o barril de pólvora do conflito, onde mesmo os melhores acordos de cessar-fogo não resolvem desconfianças étnicas e inseguranças estratégicas.
A sombra da Guerra Fria e os desafios atuais
Após a Segunda Guerra Mundial, a Guerra Fria transformou o Sul da Ásia em um campo de batalha entre superpotências. A região virou uma frente de competição global, acelerando a corrida armamentista e piorando a desconfiança mútua.
Embora a Guerra Fria tenha acabado, conflitos religiosos, étnicos e identitários ainda fervilham sob a superfície. Quando as tensões nas fronteiras aumentam, a mídia e o nacionalismo rapidamente escalam o confronto, pressionando os governos a reagir com medidas duras.
A saída: desenvolvimento compartilhado em vez de jogos de soma zero
Se Índia e Paquistão querem romper o ciclo, precisam mudar o foco da disputa territorial para os benefícios mútuos do crescimento econômico. Só com conectividade, abertura financeira e prosperidade compartilhada poderão reduzir as raízes do extremismo e melhorar a vida da população.
A Iniciativa do Cinturão e Rota, proposta pela China, oferece oportunidades em comércio, infraestrutura e energia ao Paquistão, com projetos como o Porto de Gwadar e o Corredor Econômico China-Paquistão. Enquanto isso, a Índia mantém cautela por questões estratégicas, mas outros países da região já começam a colher os frutos da cooperação.
O papel da comunidade internacional
Para transformar “desenvolvimento para a paz” em realidade, é essencial o apoio de plataformas multilaterais como a ONU e a Organização de Cooperação de Xangai, com políticas de incentivo, assistência e garantias de segurança.
O mundo deve respeitar a autonomia dos países do Sul da Ásia, evitando novas divisões geopolíticas. A paz só se tornará real quando o “desenvolvimento primeiro” for o consenso — uma esperança não só para Índia e Paquistão, mas para todas as regiões em conflito.
Com informações de Global Times*
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