Fórmula 1: temporada de mudanças, incertezas e emoções…

O Grande Circo da Fórmula 1 vai arrancar: rivalidades, novas estrelas e o fim de um ciclo? A Fórmula 1 entra em 2025 como um verdadeiro palco de mudanças profundas, incertezas e expetativas elevadas. Após quatro anos de domínio de Max Verstappen nos Pilotos e dois títulos consecutivos da Red Bull nos Construtores, a supremacia […] The post Fórmula 1: temporada de mudanças, incertezas e emoções… first appeared on AutoSport.

Mar 13, 2025 - 12:23
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Fórmula 1: temporada de mudanças, incertezas e emoções…

O Grande Circo da Fórmula 1 vai arrancar: rivalidades, novas estrelas e o fim de um ciclo?

A Fórmula 1 entra em 2025 como um verdadeiro palco de mudanças profundas, incertezas e expetativas elevadas. Após quatro anos de domínio de Max Verstappen nos Pilotos e dois títulos consecutivos da Red Bull nos Construtores, a supremacia da equipa austríaca está sob ameaça. O neerlandês continua a ser o principal favorito, mas tudo indica que enfrentará uma temporada mais competitiva, à semelhança do que se viu na segunda metade de 2024.

Entretanto, um dos grandes atrativos do ano será a chegada de Lewis Hamilton à Ferrari. Poderá esta união tornar-se lendária ou será apenas um sonho de curta duração? Além disso, a grelha teve uma renovação significativa, com oito equipas a apresentarem novas caras e vários rookies prontos a deixar a sua marca. Estarão os jovens talentos preparados para brilhar ao mais alto nível?

Para a Red Bull, que viu partir Adrian Newey pode ser o fim da era dourada, ainda que, garantidamente, a equipa de Milton Keynes continue a lutar por vitórias e títulos, suportado em Max Verstappen, que é hoje em dia comummente aceite como o melhor piloto do plantel.

Seja como for, Adrian Newey, a mente brilhante por trás do domínio da Red Bull, deixou a equipa e rumou à Aston Martin, pelo que a pergunta que ecoa no paddock é inevitável: a Red Bull conseguirá manter-se no topo?

Max Verstappen, tetracampeão mundial, terá de enfrentar este desafio sem a garantia de um carro meticulosamente engendrado por Newey. Será que o neerlandês terá de puxar ainda mais pelo seu talento para compensar eventuais fragilidades técnicas? É bem provável. Além disso, com novas regulamentações à porta, a Red Bull conseguirá manter-se adaptável e inovadora? Saberemos nos próximos meses…

McLaren: o grande rival da Red Bull nos dois campeonatos?

A McLaren tem mostrado um progresso impressionante. No ano passado, Lando Norris e Oscar Piastri deram claros sinais de que a equipa de Woking pode estar prestes a regressar às vitórias de forma consistente. Mas poderão desafiar a Red Bull ainda mais do que já fizeram no ano passado? O equilíbrio entre Lando Norris e Oscar Piastri será uma batalha interna interessante: o jovem australiano conseguirá igualar o ritmo do britânico e lutar pelo título? Ou será Norris a afirmar-se como o líder incontestável da equipa? Este será um bom ‘problema’ para as chefias da McLaren ou pode criar divisão interna que seja aproveitada por outras equipas?

Hamilton na Ferrari: um dos grandes pontos de interesse do ano

A grande transferência da temporada é, sem dúvida, a de Lewis Hamilton para a Ferrari. Aos 40 anos, o sete vezes campeão do mundo enfrenta um dos maiores desafios da sua carreira: adaptar-se a um completo novo ambiente italiano depois de 18 anos de duas equipas inglesas, McLaren e Mercedes, e competir contra um Charles Leclerc, desde 2019 na equipa e cada vez mais faminto por títulos. A Ferrari poderá finalmente oferecer a Hamilton e a Leclerc um carro à altura do seu reconhecido talento? E será que o britânico conseguirá levar o famoso “Hammer Time” para Maranello? Para já, de acordo com o que foi visto nos testes, Hamilton está a adaptar-se bem e, pelo menos, a fazer jogo igual com Leclerc, talvez até um pouco acima.

Kimi Antonelli: o novo Verstappen?

Toto Wolff acredita nisso, mas esta aposta da Mercedes numa renovação total ao entregar o lugar de Hamilton a Kimi Antonelli, um jovem talento de apenas 18 anos é mesmo muito arriscada. Toto Wolff acredita firmemente que Antonelli pode ser o próximo grande fenómeno da Fórmula 1, e esse, só por si, já é um grande ‘se’, mas será que a Mercedes consegue, sequer, um carro competitivo para o ajudar? A ele e a George Russell, que anda há vários anos a tentar afirmar-se como um piloto que pode lutar por títulos. Até aqui, tem a desculpa da Mercedes não ter tido carros ganhadores como teve entre 2014 e 2020, mas se isso suceder, será o ano do seu teste ‘decisivo’.

Por outro lado, será interessante perceber como será a dinâmica entre Antonelli e George Russell? A experiência de Russell poderá ser um trunfo ou um obstáculo para o jovem italiano?

Estes são os temas mais ‘quentes’ relativos às principais equipas, mas no segundo pelotão espera-se também muita e boa competitividade.

Com a contratação de Carlos Sainz a Williams pode perfeitamente dar um enorme pulo. Forma um grande dupla com Alex Albon e esta parceria pode ajudar a equipa de Grove a dar o próximo passo no seu plano a longo prazo? Esta é a grande questão que terá de ser respondida. Com quatro vitórias na Fórmula 1, Sainz construiu uma reputação de impulsionar o progresso das equipas por onde passou, um fator que poderá ser essencial para a evolução da Williams, ainda que esta não deva dar um salto enorme, mas sim continuar a sua ascensão.

A Aston Martin continua a crescer, tem fora da pista tudo o que precisa e mais alguma coisa, os ingredientes estão todos reunidos para uma equipa de sucesso, mas os resultados desse trabalho ainda são parcos e a Aston Martin parece estar ainda longe dos lugares que pretende. 2024 foi um ano muito abaixo das expetativas, mas agora, mesmo com Adrian Newey e Andy Cowell (entre outros) talvez a sua hora ainda não chegue em 2025, até porque a dupla de pilotos continua a não reunir unanimidade. Fernando Alonso está acima de qualquer crítica, mas Lance Stroll tem dado muito pouco à equipa.

A Alpine tem vivido tempos atribulados, e se 2025 não deva ser um ano de revolução, pode ser de acalmia. As mudanças na liderança do projeto chegaram a acontecer a um ritmo alucinante e a desconfiança esteve sempre presente, mas com Flavio Briatore à frente as coisas devem melhorar, mas a aposta não será 2025, mas sim 2026 e os novos regulamentos. A equipa tem em Pierre Gasly, um dos melhores pilotos da grelha, capacidade suficiente para fazer boas corridas, mas do outro lado tem Jack Doohan, que ainda não começou a época e já está a ser fortemente pressionado. A Alpine deixou boas impressões nos testes e talvez seja das equipas que mais evoluiu face ao arranque de 2024.

A Haas teve em 2024 um ano promissor, mas 2025 deve ser mais difícil, tendo em conta as decisões que terão de ser tomadas no desenvolvimento do atual monolugar e do de 2026. A parceria com a Toyota pode ser uma porta muito importante para o futuro, e depois de ter terminado 2024 em sétimo lugar, o seu melhor resultado desde 2019 e o segundo melhor resultado de sempre, este ano isso será mais difícil, até pelas duas caras novas nos pilotos, com Oliver Bearman que ainda tem somente duas corridas pela Haas e uma pela Ferrari a prometer pelo que já se viu, e o consagrado Esteban Ocon, o novo piloto experiente.

A Racing Bulls foi das equipas que menos evoluiu de 2024 para 2025, um indicador de que a temporada que arranca no próximo fim de semana pode ser difícil para a equipa secundária da Red Bull. Seja como for, o objetivo da estrutura é ser um viveiro para os novos talentos, e mesmo Yuki Tsunoda está a ficar mais perto da saída da F1 do que outra coisa qualquer. Já o estreante Isack Hadjar, tem tudo para mostrar.

A Sauber atravessa um momento muito delicado da sua existência e isso vai certamente refletir-se nas prestações de 2025. De uma equipa mais focada no futuro e em resolver os problemas do presente, não se podem esperar grandes feitos. A Audi está a chegar e o foco deve ser quase exclusivamente esse, esperar que a entrada da Audi em 2026, seja feita em força. Ainda assim, com Nico Hülkenberg a sua experiência pode ajudar em alguns momentos, enquanto Gabriel Bortoleto é um jovem estreante na F1, mas um dos mais entusiasmantes talentos da nova geração.

Regulamentos Técnicos: quem sai beneficiado?

A introdução de novas regras sobre a flexibilidade das asas poderá mudar drasticamente o equilíbrio de forças. Equipas como a Red Bull, Ferrari, McLaren e Mercedes tiveram de ajustar os seus conceitos aerodinâmicos e esta adaptação dos pilotos a estas mudanças pode afetar a ordem que vimos em 2024, pois a este nível na F1, qualquer pequena mudança pode fazer grande diferença a um piloto. Fala-se nos estilos de Max Verstappen e Charles Leclerc, mas não há como esperar para ver.

Há muitas perguntas que ficam no ar, e a sua resposta deixa a certeza que 2025 vai ser uma temporada entusiasmante: Que Red Bull vamos ter? Os dois pilotos da McLaren podem lutar pelo outro título também?

Será Lando Norris capaz de lutar pelo título? O que vai fazer Lewis Hamilton na Ferrari? Que Charles Leclerc teremos este ano? Já agora, que Mercedes, agora sem Lewis Hamilton? O que conseguirá Carlos Sainz fazer na Williams?

Será que Adrian Newey levou o seu génio para a Aston Martin e isso vai fazer da equipa de Silverstone uma nova candidata ao título muito brevemente? Por outro lado, será que o futuro de Max Verstappen pode passar pela Aston Martin? E aí, um possível choque de eras com Fernando Alonso, ou face à fase da carreira do espanhol, seria pacífico? Será Jack Doohan capaz de aguentar a pressão e manter o lugar na Alpine? O que esperar dos restantes estreantes? O que conseguirá fazer Liam Lawson com esta sua oportunidade na Red Bull?

Equipas como a Williams, Alpine, Haas e Sauber conseguirão dar um passo em frente?

Jovens talentos como Gabriel Bortoleto e Isack Hadjar terão impacto imediato na categoria?

A Fórmula 1 nunca dorme e 2025 promete ser um ano eletrizante. Quem sairá vitorioso no fim desta epopeia? O tempo dirá…

FOTO RedBull Content Pool/Getty Images

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