Advogado é preso ao tentar detonar bomba em terminal de ônibus

Com o explosivo foram encontrados papéis com mensagens como "abaixo generais golpistas", "morte aos fascistas", "viva o maoísmo" e "viva a guerra popular"

Mai 12, 2025 - 18:58
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Advogado é preso ao tentar detonar bomba em terminal de ônibus

As polícias Civil e Militar do Paraná cumpriram, nesta segunda-feira (12/5), dois mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva. O principal alvo é um advogado de 28 anos, suspeito de tentar detonar uma bomba no Terminal do Boqueirão, em Curitiba.

O artefato foi descoberto por uma vigilante do terminal. O funcionário notou uma sacola liberando fumaça e acionou imediatamente a polícia. O local escolhido pelo criminoso era uma plataforma movimentada, o que aumentava o potencial risco de vítimas caso a bomba tivesse explodido.

O Esquadrão Antibombas do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar confirmou o risco e realizou uma explosão controlada do artefato.

As investigações conduzidas pela Delegacia de Explosivos, Armas e Munições (DEAM) da PCPR, apontaram indícios de autoria e materialidade contra o investigado. Segundo o delegado Adriano Chohfi, responsável pelo inquérito, "as provas reunidas demonstram a complexidade e o planejamento do crime, que colocou em risco a vida de dezenas de pessoas".

O advogado é investigado por tentativa de explosão e por colocar em risco a vida e a integridade de pessoas em local de grande circulação. Com o explosivo foram encontrados papéis com mensagens como "abaixo generais golpistas", "morte aos fascistas", "viva o maoísmo" e "viva a guerra popular". O maoísmo é uma corrente ideológica inspirada nos princípios revolucionários do líder chinês Mao Tsé-Tung, que defendem a luta armada como meio para alcançar a transformação social.

Durante as investigações, policiais analisaram imagens de estabelecimentos comerciais próximos, identificando o uso de transporte público e veículo particular pelo suspeito. 

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Além da prisão preventiva contra o advogado, as investigações identificaram a residência no bairro Ganchinho como possível base para reuniões ou apoio de outros envolvidos. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acompanha o cumprimento dos mandados.

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