FGV: IGP-DI recua 0,50% em março com queda no arroz, minério e carne bovina
O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou queda de 0,50% em março, após ter avançado 1,00% no mês anterior, informou nesta sexta-feira, 5, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado veio levemente abaixo da expectativa de mercado. Pesquisa da Reuters com economistas previa recuo de 0,47% no mês. Segundo a FGV, a […] O post FGV: IGP-DI recua 0,50% em março com queda no arroz, minério e carne bovina apareceu primeiro em O Cafezinho.

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou queda de 0,50% em março, após ter avançado 1,00% no mês anterior, informou nesta sexta-feira, 5, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado veio levemente abaixo da expectativa de mercado. Pesquisa da Reuters com economistas previa recuo de 0,47% no mês.
Segundo a FGV, a desaceleração foi observada nos três componentes que compõem o índice: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
“O três componentes do IGP registraram desaceleração em março. No Índice ao Produtor (IPA), a perda de ritmo foi influenciada pelas quedas nos preços do minério de ferro, dos bovinos e do arroz”, afirmou André Braz, economista do FGV IBRE.
Ele acrescentou: “No Índice de Preços ao Consumidor (IPC), destacaram-se as retrações nas passagens aéreas, no arroz e na energia elétrica”.
O IPA-DI, que representa 60% da composição do IGP-DI, apresentou retração de 0,88% em março, revertendo a alta de 1,03% registrada em fevereiro. Entre os principais vetores de baixa estão os itens minério de ferro, carne bovina e arroz em casca.
A categoria de Matérias-Primas Brutas, que integra o IPA, caiu 2,10% em março, após avanço de 1,53% no mês anterior. As contribuições mais relevantes para essa movimentação partiram do minério de ferro, que passou de -0,54% para -4,74%; da carne bovina, de -2,72% para -5,21%; e do arroz em casca, de -2,53% para -11,51%.
Na mesma direção, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), responsável por 30% do IGP-DI, avançou 0,44% em março, desacelerando ante a elevação de 1,18% observada em fevereiro.
Das oito classes de despesa que compõem o IPC, quatro registraram decréscimo em suas taxas de variação: Habitação (de 3,80% para 0,52%), Transportes (de 1,41% para 0,41%), Despesas Diversas (de 1,07% para 0,32%) e Vestuário (de 0,14% para -0,01%).
O item passagem aérea foi o principal responsável pela desaceleração do IPC, com queda de 10,38% em março, após recuo de 16,86% em fevereiro. O arroz também influenciou o movimento do índice, com variação negativa de 1,21%, depois de ter caído 1,35% no mês anterior.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, que responde por 10% da composição do IGP-DI, registrou alta de 0,39% em março, levemente inferior à variação de 0,40% em fevereiro.
O IGP-DI é calculado mensalmente pela FGV e considera a evolução dos preços ao produtor, ao consumidor e no setor da construção civil no intervalo entre o primeiro e o último dia do mês de referência. O índice é utilizado como um dos indicadores de inflação e serve de base para reajustes contratuais e projeções econômicas.
Com o desempenho de março, o indicador passa a acumular alta de 0,43% no ano. Em 12 meses, o índice mostra queda acumulada de 3,42%.
O resultado de março reforça a tendência de desaceleração observada em parte dos preços monitorados, especialmente os ligados à produção agropecuária e à energia.
A dinâmica dos preços de commodities, como minério de ferro e arroz, teve impacto direto no comportamento do IPA, enquanto a redução das passagens aéreas influenciou fortemente a composição do IPC.
A FGV continuará monitorando a evolução dos preços nos próximos meses para avaliar os efeitos conjunturais sobre os índices de inflação.
As variações do IGP-DI serão acompanhadas por outros indicadores, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), para embasar decisões de política econômica e análises de mercado.
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