Dormiu bem? Mutação genética permite a pessoas viver com apenas 4 horas de sono
Uma mutação genética rara permite que algumas pessoas consigam dormir bem com apenas 4 horas de sono. É o que apontam descobertas feitas por pesquisadores que foram divulgadas em um estudo publicado no dia 5 de maio na revista científica PNAS. Ciência confirma que dormir bem te faz tomar decisões melhores Perder apenas uma noite de sono já muda seu sistema imunológico Existem pelo menos 16 tipos de sono, segundo estudo A mutação em questão foi denominada pelos cientistas como SIK3-N783Y, e foi identificada em um humano com superdormência. De acordo com os autores do estudo, entender mudanças genéticas em pessoas que dormem entre 3 e 6 horas por noite - sem efeitos negativos - pode ajudar a desenvolver tratamentos contra distúrbios do sono. "Nossos corpos continuam a trabalhar quando vamos para a cama", desintoxicando-se e reparando danos, afirmou a neurocientista Ying-Hui Fu, uma das autoras do estudo, em entrevista à Nature. "Essas pessoas [que dormem pouco naturalmente] conseguem realizar todas essas funções que nossos corpos realizam enquanto dormimos em um nível mais alto do que nós." -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Testes e descoberta Os pesquisadores verificaram que nova mutação descoberta ocorre no gene SIK3. Então, os cientistas modificaram geneticamente camundongos com a nova mutação, e descobriram que os animais testados precisavam de cerca de 30 minutos a menos de sono por dia. Segundo os especialistas, o fato dos camundongos examinados terem perdido apenas uma pequena fração do seu tempo de sono sugere que a mutação SIK3-N783Y pode não ter tanta influência na redução da necessidade de horas de descanso dos humanos. Genes associados ao sono curto Pesquisadores identifiacram 5 mutações genéticas relacionadas ao sono curto (Imagem: Reprodução/Pexels) A equipe da pesquisadora Ying-Hui Fu estuda a redução da necessidade de sono desde os anos 2000. A primeira descoberta de uma mutação genética associada ao fenômeno ocorreu após a análise dos genomas de uma mãe e sua filha. Os pesquisadores identificaram uma mutação rara em um gene envolvido na regulação do ritmo circadiano, o “relógio biológico” que controla o ciclo sono-vigília. A equipe já conhece centenas de pessoas que dormem pouco naturalmente, e identificaram, até o momento, cinco mutações em quatro genes que podem contribuir para essa característica. Confira o estudo na íntegra na PNAS. Leia mais: Técnica permite aprender novo idioma durante o sono Dormir por mais 46 minutos pode fazer a diferença no seu dia, diz estudo Exercitar-se pela noite aumenta tempo de sono em 27 minutos, diz estudo VÍDEO | SÍNDROME DA VIBRAÇÃO FANTASMA Leia a matéria no Canaltech.

Uma mutação genética rara permite que algumas pessoas consigam dormir bem com apenas 4 horas de sono. É o que apontam descobertas feitas por pesquisadores que foram divulgadas em um estudo publicado no dia 5 de maio na revista científica PNAS.
- Ciência confirma que dormir bem te faz tomar decisões melhores
- Perder apenas uma noite de sono já muda seu sistema imunológico
- Existem pelo menos 16 tipos de sono, segundo estudo
A mutação em questão foi denominada pelos cientistas como SIK3-N783Y, e foi identificada em um humano com superdormência. De acordo com os autores do estudo, entender mudanças genéticas em pessoas que dormem entre 3 e 6 horas por noite - sem efeitos negativos - pode ajudar a desenvolver tratamentos contra distúrbios do sono.
"Nossos corpos continuam a trabalhar quando vamos para a cama", desintoxicando-se e reparando danos, afirmou a neurocientista Ying-Hui Fu, uma das autoras do estudo, em entrevista à Nature. "Essas pessoas [que dormem pouco naturalmente] conseguem realizar todas essas funções que nossos corpos realizam enquanto dormimos em um nível mais alto do que nós."
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Testes e descoberta
Os pesquisadores verificaram que nova mutação descoberta ocorre no gene SIK3. Então, os cientistas modificaram geneticamente camundongos com a nova mutação, e descobriram que os animais testados precisavam de cerca de 30 minutos a menos de sono por dia.
Segundo os especialistas, o fato dos camundongos examinados terem perdido apenas uma pequena fração do seu tempo de sono sugere que a mutação SIK3-N783Y pode não ter tanta influência na redução da necessidade de horas de descanso dos humanos.
Genes associados ao sono curto

A equipe da pesquisadora Ying-Hui Fu estuda a redução da necessidade de sono desde os anos 2000. A primeira descoberta de uma mutação genética associada ao fenômeno ocorreu após a análise dos genomas de uma mãe e sua filha. Os pesquisadores identificaram uma mutação rara em um gene envolvido na regulação do ritmo circadiano, o “relógio biológico” que controla o ciclo sono-vigília.
A equipe já conhece centenas de pessoas que dormem pouco naturalmente, e identificaram, até o momento, cinco mutações em quatro genes que podem contribuir para essa característica.
Confira o estudo na íntegra na PNAS.
Leia mais:
- Técnica permite aprender novo idioma durante o sono
- Dormir por mais 46 minutos pode fazer a diferença no seu dia, diz estudo
- Exercitar-se pela noite aumenta tempo de sono em 27 minutos, diz estudo
VÍDEO | SÍNDROME DA VIBRAÇÃO FANTASMA
Leia a matéria no Canaltech.