Dia Mundial da Conscientização do Autismo: como é feito o diagnóstico? Neurologista explica
No dia 2 de abril é celebrado o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, e em conjunto com a campanha Abril Azul, ajuda a reforçar a importância da inclusão e do diagnóstico precoce do Transtorno do Espectro Autista (TEA). O diagnóstico é um passo essencial para garantir suporte adequado e melhorar a qualidade de vida […]

No dia 2 de abril é celebrado o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, e em conjunto com a campanha Abril Azul, ajuda a reforçar a importância da inclusão e do diagnóstico precoce do Transtorno do Espectro Autista (TEA). O diagnóstico é um passo essencial para garantir suporte adequado e melhorar a qualidade de vida das pessoas autistas.
Os principais sinais do TEA
Os primeiros sinais do autismo costumam aparecer na infância e podem variar em intensidade. Em entrevista exclusiva à Catraca Livre, o neurologista Matheus Trilico, especialista em autismo, disse que “os principais sinais incluem dificuldades persistentes na comunicação e interação social, além de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades”. Isso pode se manifestar como dificuldade em manter conversas, evitar contato visual, apresentar interesses intensos por temas específicos e demonstrar sensibilidades sensoriais atípicas.
O atraso na fala é um dos sinais mais observados por pais e cuidadores, assim como comportamentos repetitivos, como balançar o corpo ou alinhar objetos de maneira rígida. Além disso, muitas crianças autistas podem ter dificuldade em responder ao próprio nome ou demonstrar interesse compartilhado por brincadeiras e atividades sociais.
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Equipe multidisciplinar no diagnóstico
O processo de diagnóstico do TEA envolve diversos profissionais da saúde. “O diagnóstico muitas vezes envolve uma equipe multidisciplinar, incluindo neurologistas, psiquiatras, psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. Cada profissional contribui com sua expertise para uma avaliação abrangente. A família também pode ser fundamental nesse processo”, explica Trilico.
No Brasil, o acesso ao diagnóstico ainda enfrenta desafios, como a falta de profissionais especializados em algumas regiões e o tempo de espera para consultas no sistema público de saúde. No entanto, iniciativas como a Lei Berenice Piana (12.764/2012) garantem direitos às pessoas autistas, incluindo o acesso ao diagnóstico e tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).