Kanye West causa revolta com música nazista, banida por serviços de streaming e mantida no X

Faixa chamada “Heil Hitler” foi retirada do Spotify e Soundcloud, mas continua disponível na plataforma de Elon Musk

Mai 10, 2025 - 23:48
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Kanye West causa revolta com música nazista, banida por serviços de streaming e mantida no X

Música com apologia nazista foi removida por várias plataformas

Kanye West gerou uma nova onda de revolta ao lançar uma música chamada “Heil Hitler”. A faixa, com título em referência ao ditador nazista Adolf Hitler, foi rapidamente banida por plataformas como Spotify e Soundcloud, mas permanece disponível no X, a rede social de Elon Musk, onde acumula milhões de visualizações.

Além do conteúdo antissemita, a arte do single também chamou atenção por exibir símbolos visuais que lembram a suástica nazista. O influenciador Andrew Tate, conhecido por disseminar discursos machistas, misóginos, antidemocráticos e conspiratórios, ajudou a promover a faixa em suas redes sociais.

Petição cobra mais remoções e Kanye reage nas redes

A Anti-Defamation League (ADL), uma organização judaica dos Estados Unidos que combate o antissemitismo e discursos de ódio, iniciou uma campanha pedindo que empresas como Meta (dona do Facebook e do Instagram) retomem políticas para impedir a disseminação de conteúdos desse tipo.

“Graças a quem levantou a voz, o Spotify removeu a música de Hitler de sua plataforma. Agora precisamos responsabilizar outras empresas”, escreveu a entidade em uma petição publicada em seu site oficial.

Kanye West, por sua vez, reagiu em um post no X. “‘Heil Hitler’ por Ye foi banida de todas as plataformas digitais enquanto ‘Rednecks’ de Randy Newman continua disponível. Eles estão literalmente mantendo os negros para baixo”, escreveu, fazendo uma comparação sem sentido. Lançada em 1975, “Rednecks” é uma crítica ácida às contradições da sociedade americana em relação ao racismo. Newman é judeu e conhecido por seu trabalho de sátira social.

Histórico de declarações e impunidade no X

O artista já havia feito declarações semelhantes em 2022, o que gerou preocupação pública sobre sua saúde mental. No ano seguinte, publicou um pedido de desculpas em hebraico.

Em fevereiro deste ano, retomou os ataques e chegou a ter o perfil suspenso brevemente após voltar atrás e afirmar que não se desculparia por suas falas sobre judeus, além de se declarar nazista em uma série de postagens.

Apesar da repercussão, o X manteve a publicação sob a justificativa de liberdade de expressão. Musk, entretanto, tem atuado contra a liberdade de expressão nos bastidores de sua rede, ao diminuir o alcance de perfis de detratores. Ao mesmo tempo, o magnata critica publicamente anunciantes que deixaram a plataforma após a amplificação de conteúdos antissemitas.