Cientistas querem usar relógio atômico super preciso e redefinir o próprio tempo

Cientistas desenvolveram um relógio atômico tão preciso que o dispositivo pode se tornar um verdadeiro instrumento de referência para a definição do tempo. Chamado NIST-F4, o dispositivo foi criado por cientistas do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST) do Colorado, nos Estados Unidos, e está ativo desde abril.  Talvez o tempo não exista. Quais são as implicações científicas disso? Novos relógios atômicos precisos são usados no padrão universal de tempo Os relógios atômicos medem a duração de um segundo com precisão extrema. Para isso, eles trabalham com o tempo que um átomo leva para completar uma oscilação de aproximadamente 9 bilhões de vezes, de modo que as oscilações atuam como o pêndulo de um relógio tradicional.  Como os cientistas precisam medir o tempo com cada vez mais precisão, eles vêm procurando relógios de referência ainda melhores. E é aqui que entra NIST-F4, um relógio atômico considerado um “relógio de fonte”, que abriga em seu interior milhares de átomos de césio resfriados quase ao zero absoluto com lasers. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Relógios atômicos oferecem precisão espetacular na medida do tempo (Reprodução/Eliza Wolfson/lizawolfson.co.uk) Os lasers fazem com que os átomos apresentem oscilações, as quais permitem que os cientistas definam com precisão a duração dos segundos internacionalmente. A tarefa não é fácil: para garantir que o NIST-F4 é confiável, os cientistas precisaram levar em conta também vazamentos de micro-ondas e outras pequenas fontes de ruído que poderiam afetar a vibração dos átomos.  Eles vêm trabalhando no processo desde 2020, mas o esforço valeu a pena. A equipe conseguiu criar um relógio com incerteza sistemática total de 2,2 * 10 ^16; em outras palavras, a precisão significa que o relógio perde menos de um segundo a cada 140 milhões de anos. Nada mau, né? O relógio vai ficar ativo em 90% do tempo, e seus dados vão ser enviados para ajudar a calibrar o Tempo Universal Coordenado (UTC).   Leia também: Relógio atômico portátil que medirá picossegundos poderá ser usado em aviões Relógios atômicos ficam ainda mais precisos com fenômeno quântico bizarro Vídeo: Como tirar foto da Lua com o celular    Leia a matéria no Canaltech.

Mai 9, 2025 - 17:54
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Cientistas querem usar relógio atômico super preciso e redefinir o próprio tempo

Cientistas desenvolveram um relógio atômico tão preciso que o dispositivo pode se tornar um verdadeiro instrumento de referência para a definição do tempo. Chamado NIST-F4, o dispositivo foi criado por cientistas do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST) do Colorado, nos Estados Unidos, e está ativo desde abril. 

Os relógios atômicos medem a duração de um segundo com precisão extrema. Para isso, eles trabalham com o tempo que um átomo leva para completar uma oscilação de aproximadamente 9 bilhões de vezes, de modo que as oscilações atuam como o pêndulo de um relógio tradicional. 

Como os cientistas precisam medir o tempo com cada vez mais precisão, eles vêm procurando relógios de referência ainda melhores. E é aqui que entra NIST-F4, um relógio atômico considerado um “relógio de fonte”, que abriga em seu interior milhares de átomos de césio resfriados quase ao zero absoluto com lasers.

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Relógios atômicos oferecem precisão espetacular na medida do tempo (Reprodução/Eliza Wolfson/lizawolfson.co.uk)

Os lasers fazem com que os átomos apresentem oscilações, as quais permitem que os cientistas definam com precisão a duração dos segundos internacionalmente. A tarefa não é fácil: para garantir que o NIST-F4 é confiável, os cientistas precisaram levar em conta também vazamentos de micro-ondas e outras pequenas fontes de ruído que poderiam afetar a vibração dos átomos. 

Eles vêm trabalhando no processo desde 2020, mas o esforço valeu a pena. A equipe conseguiu criar um relógio com incerteza sistemática total de 2,2 * 10 ^16; em outras palavras, a precisão significa que o relógio perde menos de um segundo a cada 140 milhões de anos. Nada mau, né? O relógio vai ficar ativo em 90% do tempo, e seus dados vão ser enviados para ajudar a calibrar o Tempo Universal Coordenado (UTC).  

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Vídeo: Como tirar foto da Lua com o celular 

 

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