Bitcoin (BTC) chega ao final da semana acima de US$ 103 mil e JP Morgan vê espaço para mais
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Os últimos dias foram de sobe e desce para o bitcoin (BTC), mas, apesar da volatilidade, a maior criptomoeda do mundo chega à sexta-feira (16) em clima de otimismo: acima do patamar psicológico de US$ 100 mil — e com perspectivas de superar a valorização do ouro ainda em 2025, segundo analistas do JP Morgan.
Os ativos de risco seguem ganhando espaço. Por volta das 16h30, segundo dados do CoinMarketCap, o BTC era cotado em cerca de US$ 103 mil.
O bom humor começou logo no início da semana, com o anúncio de uma trégua comercial entre Estados Unidos e China: os dois países declararam uma pausa de 90 dias na guerra tarifária que impactava os mercados globais.
Mesmo assim, o entusiasmo não é homogêneo entre as principais criptomoedas. Embora alguns ativos digitais ainda acumulem ganhos expressivos nos últimos sete dias — como o ethereum (ETH), com alta de 11,40% — outros já operam no zero a zero ou no vermelho. A solana (SOL), por exemplo, recua 0,50%, enquanto a cardano (ADA) cai 1,18%.
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Confira o desempenho das dez maiores criptomoedas do mundo hoje:
# Nome (Símbolo) Preço (USD) 24h % 7d % YTD % Market Cap (USD) 1 Bitcoin (BTC) US$ 103.768,33 0,87% 0,79% 11,11% US$ 2,06 tri 2 Ethereum (ETH) US$ 2.584,87 2,16% 11,40% - 22,41% US$ 312,07 bi 3 Tether (USDT) US$ 1,00 - 0,01% 0,00% 0,20% US$ 151,05 bi 4 XRP (XRP) US$ 2,41 - 0,81% 2,68% 16,02% US$ 141,47 bi 5 BNB (BNB) US$ 649,75 - 0,10% 2,20% - 7,31% US$ 91,54 bi 6 Solana (SOL) US$ 170,54 1,14% - 0,50% - 9,88% US$ 88,65 bi 7 USDC (USDC) US$ 1,00 - 0,02% - 0,01% - 0,03% US$ 60,82 bi 8 Dogecoin (DOGE) US$ 0,23 2,53% 10,48% - 28,40% US$ 33,74 bi 9 Cardano (ADA) US$ 0,77 0,86% - 1,19% - 8,67% US$ 27,22 bi 10 TRON (TRX) US$ 0,27 0,10% 4,51% 7,56% US$ 25,95 bi
Avaliando a semana
“O cenário macroeconômico contribui para o otimismo: a percepção de que os impactos das tarifas americanas foram limitados, somada a sinais de desaceleração da economia dos EUA, reforça apostas em cortes de juros pelo Federal Reserve ainda este ano — um fator historicamente positivo para ativos de risco como o BTC”, comenta Guilherme Prado, country manager da Bitget.
Mas, segundo ele, o caminho para a alta não está livre de obstáculos.
“Do ponto de vista técnico, o RSI em 69,59 indica que o ativo se aproxima da zona de sobrecompra, sugerindo cautela para novas entradas longas no curto prazo”, explica Prado.
“No entanto, o padrão atual de consolidação e a forte recuperação após as varreduras de liquidez na região de US$ 100 mil e US$ 101.550 indicam que o caminho de menor resistência ainda pode ser para cima.”
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Bitcoin a caminho de superar o ouro?
O bitcoin pode continuar subindo às custas do ouro e deve superar o desempenho do metal precioso no segundo semestre de 2025, segundo analistas do JPMorgan.
No relatório divulgado nesta quinta-feira (15) os analistas apontaram que a chamada “aposta contra a desvalorização” — em que investidores alocam recursos em ouro e bitcoin para se proteger da perda de valor das moedas fiduciárias — foi um dos principais vetores de alta para ambos os ativos no fim de 2024.
Mas, em 2025, esse jogo virou uma disputa direta: ou o ouro sobe, ou o bitcoin sobe.
"Nós esperamos que o jogo de zero a zero no acumulado anual entre o ouro e o bitcoin se estenda pelo resto do ano, mas estamos inclinados a considerar catalisadores específicos de cripto que criariam mais potencial de valorização do bitcoin em relação ao ouro no segundo semestre", escreveram.
Além dos indicadores macroeconômicos, as movimentações recentes de mercado — como aquisições feitas por exchanges como a Coinbase e a Kraken — foram citadas como sinais de amadurecimento dos mercados de futuros e derivativos ligados a criptoativos.
Os analistas também destacam o avanço das alocações por tesourarias corporativas e o surgimento de legislações — tanto em tramitação quanto já aprovadas — que permitem a governos estaduais investir diretamente no ativo digital.
A Strategy (ex-MicroStrategy), por exemplo, anunciou planos para levantar mais US$ 42 bilhões até 2027 para comprar bitcoin. A companhia já atingiu 60% da meta original.
Nos EUA, estados como New Hampshire agora permitem que até 5% de suas reservas sejam alocadas em bitcoin e ouro — e a lista de estados que estudam medidas semelhantes deve crescer.
“Esse movimento pode se tornar um catalisador duradouro para o BTC”, escrevem os analistas do JPMorgan.
Na América Latina, a Méliuz se posiciona como a primeira Bitcoin Treasury Company do Brasil e da região. O Mercado Livre (MELI), por sua vez, voltou a comprar bitcoin e elevou sua reserva para o equivalente a US$ 59 milhões em BTC.
O que esperar para os próximos dias
Para a próxima semana, os olhos do mercado se voltam aos dados de atividade econômica da China. Mesmo com a trégua comercial, uma tarifa de 30% sobre produtos chineses ainda está em vigor — e os números do comércio exterior podem trazer novos sinais sobre o ritmo da recuperação.
Além disso, investidores acompanham de perto os dados econômicos dos EUA e possíveis declarações de membros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
O debate sobre os juros continua no radar: Jerome Powell, presidente do Fed, segue cauteloso quanto à inflação, enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, pressiona por cortes nas taxas para estimular a economia. A disputa promete novos capítulos.
* Com informações do Money Times e The Block
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