Banco Popular da China injeta quantia bilionária no sistema bancário por meio de operação MLF
O Banco Popular da China (PBOC) realizou nesta terça-feira, 26, uma operação de empréstimo de médio prazo (MLF) com vencimento de um ano no valor de 450 bilhões de yuans (cerca de US$ 62,68 bilhões), como parte de sua estratégia para manter ampla liquidez no sistema bancário. A ação resultou em uma injeção líquida de […] O post Banco Popular da China injeta quantia bilionária no sistema bancário por meio de operação MLF apareceu primeiro em O Cafezinho.

O Banco Popular da China (PBOC) realizou nesta terça-feira, 26, uma operação de empréstimo de médio prazo (MLF) com vencimento de um ano no valor de 450 bilhões de yuans (cerca de US$ 62,68 bilhões), como parte de sua estratégia para manter ampla liquidez no sistema bancário.
A ação resultou em uma injeção líquida de 63 bilhões de yuans, considerando o vencimento de 387 bilhões de yuans em operações anteriores do mesmo tipo no mês de março.
Esta é a primeira injeção líquida por meio da linha MLF desde julho de 2024 e marca uma continuidade da política monetária de afrouxamento moderado adotada pelo banco central chinês desde o início do ano.
De acordo com Wen Bin, economista-chefe do China Minsheng Bank, a medida reflete a intenção da autoridade monetária de sustentar níveis adequados de liquidez e estabilidade nas taxas de juros.
Nos últimos meses, o Banco Popular da China tem utilizado diferentes instrumentos para garantir a liquidez do sistema financeiro, incluindo operações de recompra reversa e ajustes na taxa de compulsório.
As operações via MLF têm papel central na estratégia de fornecimento de liquidez de médio prazo a instituições financeiras, contribuindo para o financiamento da economia real.
A partir de março, o PBOC implementou mudanças na metodologia de precificação das operações de MLF, adotando o modelo de licitação de preços múltiplos.
Com a nova abordagem, o banco central deixa de anunciar uma taxa de juros fixa para essas operações, passando a definir a taxa com base nas propostas apresentadas pelas instituições participantes.
Segundo analistas do mercado financeiro, essa mudança representa mais um passo na transição para um sistema de formação de preços mais orientado pelas forças de mercado. A medida também reforça o processo de redução do papel da taxa do MLF como sinalizador direto da política monetária.
Em 2023, o PBOC já havia indicado que a taxa de recompra reversa de sete dias seria considerada a principal taxa de referência da política monetária, com menor ênfase nas taxas de outros instrumentos.
Para Wen Bin, a adoção do novo método deve contribuir para a redução dos custos gerais de financiamento no mercado interbancário.
“A mudança aumentará as capacidades de precificação baseadas no mercado das instituições e apoiará o financiamento sustentável para a economia real”, afirmou.
As operações de MLF são destinadas principalmente a bancos comerciais, com o objetivo de fornecer recursos de médio prazo para facilitar a concessão de crédito e o cumprimento das exigências de liquidez.
O instrumento é considerado essencial na calibragem da política monetária da China, especialmente em contextos de desaceleração econômica ou pressões sobre o sistema bancário.
A injeção líquida registrada nesta operação é interpretada por economistas como uma resposta do banco central ao atual cenário macroeconômico doméstico, que inclui desafios no setor imobiliário, moderação do crescimento econômico e pressão sobre o consumo interno.
O volume de liquidez adicional visa mitigar riscos de aperto no crédito e estimular a continuidade da atividade econômica.
O banco central não divulgou detalhes sobre a taxa média resultante da operação de licitação múltipla, mas a expectativa do mercado é de que a taxa permaneça em patamares compatíveis com os objetivos de estabilidade monetária.
A adoção do novo mecanismo de precificação deverá trazer maior transparência sobre o custo do MLF nos próximos ciclos de operação.
A política monetária da China, segundo autoridades do PBOC, continuará sendo flexível e apropriada, com foco na estabilidade dos agregados monetários e na manutenção da liquidez em níveis razoáveis.
A instituição também reforça o compromisso de apoiar o crescimento econômico e a estabilidade financeira, ao mesmo tempo em que monitora os riscos sistêmicos e promove reformas estruturais no mercado financeiro.
As próximas movimentações do banco central deverão ser acompanhadas de perto pelos agentes econômicos, especialmente no que diz respeito à continuidade da flexibilização monetária e aos impactos da nova metodologia de licitação sobre a estrutura de juros no mercado chinês.
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