Demagogia.
Quando li este texto de Francisco Seixas da Costa, lembrei-me logo do episódio da série House of Cards, em que o Presidente dos Estados Unidos Frank Underwood entra num hospital a precisar de uma cirurgia urgente, na qual se descobre que necessita de um transplante de fígado. O seu chefe de gabinete Doug Stamper liga então imediatamente para a Secretária de Saúde, a quem pede que altere a lista de transplantes para colocar o Presidente no topo da lista. A Secretária da Saúde informa-o de que o Presidente está em segundo lugar nessa lista e que a sua situação é menos grave do que a do cidadão Anthony Moretti, que morrerá se não receber imediatamente o fígado disponível. O chefe de gabinete informa então a Secretária da Saúde de que ela será demitida se a lista não for alterada. O Presidente acaba assim por receber o fígado e sobrevive, ao passo que o cidadão Anthony Moretti morre, deixando a mulher e os filhos pequenos completamente destroçados e a necessitar de recorrer a um crowdfunding para sobreviver, para o qual o chefe de gabinete contribui de forma generosa devido à sua má consciência. É por isso que entendo que no acesso aos cuidados de saúde não há cargo ou posição relevante. Há apenas doentes, cuja ordem de tratamento deve ser apenas baseada em critérios clínicos. Se isto é demagogia, paciência. É a minha posição pessoal.

Quando li este texto de Francisco Seixas da Costa, lembrei-me logo do episódio da série House of Cards, em que o Presidente dos Estados Unidos Frank Underwood entra num hospital a precisar de uma cirurgia urgente, na qual se descobre que necessita de um transplante de fígado. O seu chefe de gabinete Doug Stamper liga então imediatamente para a Secretária de Saúde, a quem pede que altere a lista de transplantes para colocar o Presidente no topo da lista. A Secretária da Saúde informa-o de que o Presidente está em segundo lugar nessa lista e que a sua situação é menos grave do que a do cidadão Anthony Moretti, que morrerá se não receber imediatamente o fígado disponível. O chefe de gabinete informa então a Secretária da Saúde de que ela será demitida se a lista não for alterada. O Presidente acaba assim por receber o fígado e sobrevive, ao passo que o cidadão Anthony Moretti morre, deixando a mulher e os filhos pequenos completamente destroçados e a necessitar de recorrer a um crowdfunding para sobreviver, para o qual o chefe de gabinete contribui de forma generosa devido à sua má consciência.
É por isso que entendo que no acesso aos cuidados de saúde não há cargo ou posição relevante. Há apenas doentes, cuja ordem de tratamento deve ser apenas baseada em critérios clínicos. Se isto é demagogia, paciência. É a minha posição pessoal.