Ativista trans Iza Potter é agredida após encontro em prédio onde mora
Iza Potter afirmou que, mesmo ferida, foi deixada sozinha e desacreditada. "O que vivi hoje escancara a realidade de muitas travestis e mulheres trans", disse

A ativista trans Iza Potter foi agredida por um homem no prédio que ela mora, no domingo (13/4), em São Paulo. A comunicadora ficou com hematomas no olho após a agressão. A vítima registrou boletim de ocorrência e a Polícia Civil investiga o caso.
Iza relatou o caso nas redes sociais na segunda-feira (14/4) e disse que teve um encontro casual com o homem e depois pediu para que ele saísse do apartamento dela. No entanto, ele se recusou e começou a agredir fisicamente.
"Mesmo diante da brutalidade, funcionários e moradores apenas tiraram o agressor de cima de mim, juntamente da minha amiga, que foi de extrema importância para que ele não chegasse ao pior e, em seguida, o deixaram sair do prédio como se nada tivesse acontecido. A polícia já estava a caminho. Ele poderia ter sido pego em flagrante. Mas a omissão falou mais alto que a justiça.", disse Iza.
Veja o vídeo:
A ativista afirmou que, mesmo ferida, foi deixada sozinha e desacreditada. "O que vivi hoje escancara a realidade de muitas travestis e mulheres trans: somos atacadas, e quando não somos mortas, somos silenciadas. A violência física dói. Mas a indiferença também sangra", pontuou Iza.
"Estou fisicamente bem, mas emocionalmente abalada. Ainda assim, sigo de pé. Porque minha vida importa. A vida das travestis importa. Minha luta não para. Por mim. Pelas que vieram antes. E pelas que ainda virão", acrescentou.
A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) prestou solidariedade a Iza Potter. "Sentimos profundamente pelo que aconteceu com você. Saiba que estamos por aqui, de coração aberto e totalmente à disposição para o que precisar. Importante saber que você está cercada por uma rede de apoio e que as providências de segurança já estão sendo tomadas. Desejamos que o responsável por essa violência seja identificado e responsabilizado, e, acima de tudo, que você encontre o acolhimento emocional, social e todo o suporte que merece para seguir sua caminhada com dignidade e força", disse.
Em nota enviada ao Correio, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que as investigações do caso prosseguem pelo 5º Distrito Policial, que realiza diligências para identificar o autor da agressão e esclarecer todas as circunstâncias do ocorrido.
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