Além do bom início no Brasileirão, Internacional e Fortaleza também se destacam no quesito gestão

No último domingo (13), Fortaleza e Internacional se enfrentaram na Arena Castelão pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro da Série A. Apesar do empate sem gols, o duelo colocou frente a frente dois dos clubes mais conceituados do futebol brasileiro quando o assunto é reestruturação, gestão eficiente e crescimento sustentável nas últimas décadas.

Mandante do jogo, o Fortaleza vive um de seus maiores momentos da história, algo que chega a ser surpreendente para uma equipe que, em 2017, disputava a terceira divisão nacional. A mudança de chave, inclusive, veio em setembro daquele ano com a chegada do atual CEO Marcelo Paz.

Após a nomeação do dirigente, o Leão do Pici tem alcançado resultados expressivos nos últimos anos. Dentre eles, o título da série B, o acesso à Série A, a conquista do Campeonato Cearense por cinco temporadas consecutivas (2019-2023), a melhor campanha em sua história no Brasileirão (4º lugar em 2024) e a classificação para a Libertadores por três anos seguidos, se tornando o primeiro time nordestino a alcançar esse feito.

A construção do sucesso esportivo do clube é fruto de um projeto ambicioso que inclui melhorias na infraestrutura, saúde financeira e crescimento das receitas.

“Se você chegasse para um torcedor em 2016 e falasse que o Fortaleza disputaria três Libertadores seguidas em nove anos, seria chamado de lunático. São feitos inesquecíveis, eu tenho muito orgulho de ter feito parte dessa trajetória, que envolve muito trabalho, organização, disciplina, profissionalismo e o apoio incondicional da nossa torcida, que esteve presente em todos os momentos”, comentou Marcelo Paz.

Já o Internacional, que foi o visitante no Castelão, vem de crescente desde o seu acesso para a elite do futebol brasileiro. Rebaixado pela primeira vez em sua história no ano de 2016, o clube protagonizou mudanças estratégicas na áreas de marketing e receitas, reposicionando suas propriedades de patrocínio e elevando a atratividade da instituição no mercado.

Esse avanço envolveu a precificação dos ativos, o reforço da equipe de inteligência de mercado e aportes financeiros em tecnologia e na avaliação de desempenho. Como resultado, a iniciativa atraiu novos parceiros, elevou o valor das renovações e posicionou o uniforme do Colorado entre os cinco mais valiosos do futebol nacional.

No final de 2024, o clube garantiu a continuidade da Ambev, com a estreia da marca Zé Delivery no calção do time masculino, além da renovação com a Gerdau (categorias de base), Unimed Porto Alegre e Marquespan. As novas negociações resultaram em uma valorização média de 52% nos contratos de patrocínio, garantindo um crescimento expressivo na arrecadação.

Dessa forma, o clube projeta ultrapassar R$ 130 milhões em receitas de patrocínio e publicidade em 2025, o maior valor da história do Inter nesta fonte. Essa fase de reestruturação comercial também se deve a chegada da Alfa, nova patrocinadora master e maior contrato da história do clube, a renovação com a Adidas até o fim 2029 e à reconfiguração da parceria com o Banrisul, que agora estampa as costas da camisa e segue como o patrocinador mais longevo do futebol brasileiro.

Já no começo da temporada, as iniciativas fora de campo acabaram impactando no rendimento do Colorado dentro de campo, com o clube voltando a conquistar o Gauchão após 9 anos de jejum, ao vencer o Grêmio.

“O protagonismo do Internacional é resultado de muito trabalho, planejamento e da confiança que grandes marcas depositam na instituição. Somos um clube gigante e temos o compromisso de honrar essa grandeza com uma gestão séria, que valorize nossos parceiros e fortaleça cada vez mais a nossa tradição dentro de campo, com um elenco forte e competitivo para todas as competições”, concluiu Alessandro Barcellos, presidente do Internacional.

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