Visitar museus e monumentos nos feriados vai ser mais difícil. Trabalhadores anunciam greve
Paralisação começa no dia 18 de Abril, Sexta-feira Santa, e estende-se aos feriados do resto do ano.


A greve é ao trabalho suplementar e em dias de feriado, e poderá afectar todos os museus e monumentos de gestão pública do país. Convocada esta segunda-feira, 14 de Abril, pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, tem efeito a partir de sexta, dia 18, e prolonga-se até ao final do ano, "afectando todos os feriados até lá".
A paralisação vem reforçar a exigência de uma compensação justa pelo trabalho prestado naqueles dias, na sequência da ausência de reacção por parte do Ministério da Cultura depois de uma reunião com a Federação sobre o tema, que terá ocorrido em Março, como explicou à agência Lusa o dirigente Orlando Almeida. "Não houve nem abertura para negociar, nem uma proposta sequer", referiu o responsável.
Receber ao feriado "metade de um dia normal"
De acordo com o mesmo dirigente, os trabalhadores dos museus, monumentos e sítios arqueológicos nacionais recebem, nos dias de feriado, cerca de 15 a 20 euros, ou seja, "metade de um dia normal", e são-lhes pagas até duas horas suplementares.
Em Lisboa, serão 16 os equipamentos afectados pela greve. São eles:
- Mosteiro dos Jerónimos;
- Panteão Nacional;
- Palácio Nacional da Ajuda;
- Biblioteca da Ajuda;
- Museu do Tesouro Real;
- Museu Nacional do Traje;
- Picadeiro Real;
- Torre de Belém;
- Museu Nacional do Teatro e da Dança;
- Museu Nacional do Azulejo;
- Museu de Arte Popular;
- Museu Nacional de Arte Antiga;
- Museu Nacional de Arqueologia;
- Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves;
- Museu Nacional de Etnologia;
- Museu Nacional dos Coches.