Teólogo lança livro sobre polarização política na igreja evangélica

Autor de 'Quem tem medos dos evangélicos?', Gutierres Fernandes Siqueira estudou impactos dos discursos ideológicos na fé cristã, em 'Igreja Polarizada'

Abr 2, 2025 - 02:35
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Teólogo lança livro sobre polarização política na igreja evangélica

Depois de lançar Quem tem medo dos evangélicos? – Religião e Democracia no Brasil de Hoje, de 2022, o teólogo e jornalista Gutierres Fernandes Siqueira se dedicou a estudar os efeitos da polarização política na igreja evangélica, considerada por ele uma ameça à fé cristã. O resultado das reflexões está no seu novo livro, Igreja Polarizada, que será lançado no próximo dia 10 pela Editora Mundo Cristão.

“A polarização política tomou conta do Brasil — e a igreja não ficou de fora. Em meio a ferrenhas disputas culturais, muitos evangélicos vêm trocando o relacionamento com Jesus pela militância em nome de Jesus. Fé se desfigura em fanatismo, amor se transforma em ódio, e a mensagem do evangelho da paz se converte em grito de guerra”, aponta o resumo da obra.

No livro, o pensador evangélico examina como essa mentalidade partidária ameaça a comunhão entre os crentes e compromete a unidade da igreja. “Afinal, quando a igreja se torna um braço da política, quem de fato ocupa o centro da adoração?”, questiona.

O teólogo e jornalista Gutierres Fernandes Siqueira vai lançar o livro
O teólogo e jornalista Gutierres Fernandes Siqueira vai lançar o livro “Igreja Polarizada”Editora Mundo Cristão/Divulgação

Segundo a editora, Igreja Polarizada começa com a explicação de como a guerra cultural tem moldado o debate religioso no Brasil e analisa a ascensão do sectarismo e da polarização dentro dos templos.

“Gutierres diferencia o conservadorismo do reacionarismo e questiona até que ponto as Escrituras respaldam posturas extremistas. Ele também investiga o fascínio de setores do evangelicalismo por teorias conspiratórias e critica tanto o radicalismo à direita quanto os desafios enfrentados pelos evangélicos progressistas de se aproximar desse grupo – dada sua a importância no contexto eleitoral brasileiro”, conclui.

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