Telescópio James Webb registra espetáculo de auroras em Júpiter

As auroras de Júpiter são mais intensas do que qualquer outra do Sistema Solar. The post Telescópio James Webb registra espetáculo de auroras em Júpiter appeared first on Giz Brasil.

Mai 14, 2025 - 18:14
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Telescópio James Webb registra espetáculo de auroras em Júpiter

Após registrar as auroras de Netuno pela primeira vez na história, o telescópio James Webb, da NASA, captou imagens impressionantes das auroras de Júpiter.

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Além da Terra, Saturno, Urano e Marte também apresentam tais fenômenos, mas as auroras de Júpiter são um caso à parte. Como mostram as imagens do James Webb, as auroras de Júpiter são centenas de vezes mais brilhantes.

O maior planeta do Sistema Solar exibe luzes que “dançam” surpreendentemente quando as partículas de alta energia solar se colidem com os átomos de gases na atmosfera próxima aos polos magnéticos de Júpiter.

As auroras de Júpiter são similares às da Terra, mas, ao mesmo tempo, diferentes, porque não se formam apenas por tempestades solares. O forte campo magnético de Júpiter puxa partículas energéticas tanto do Sol quanto de Io, a terceira maior lua de Júpiter, famosa por sua atividade vulcânica.

Por isso, as auroras são muito mais intensas, conforme destacam os cientistas que analisaram as fotos que o James Webb registrou no natal de 2023.

Atividade das auroras em um dos polos de Júpiter. Imagem: NASA/Divulgação

Segundo a NASA, o James Webb registrou as imagens de Júpiter usando sua câmera de infravermelho (NIRCam) e cientistas da Universidade de Leicester, no Reino Unido, analisaram os dados.

Nesta terça-feira (13), os cientistas publicaram as análises das observações do James Webb em um estudo na revista Nature.

Auroras de Júpiter: James Webb deu um presente de Natal à ciência

Jonathan Nichols, astrônomo que liderou a equipe de cientistas, afirmou que as fotos do James Webb foram “um presentaço de Natal”.

“Queríamos ver o quão rápido seria a mudança das auroras, esperando que elas aparecessem e sumissem lentamente, talvez em cerca de 25 minutos. No entanto, observamos toda a região das auroras brilhando e explodindo com luzes que, às vezes, duravam segundos”, afirmou Nichols.

Veja as auroras:

De acordo com a NASA, o que a equipe da Universidade de Leicester observou pode ajudar mais cientistas a compreender a variação das auroras de Júpiter e a atmosfera do planeta.

Além disso, Nichols afirma que as fotos das auroras de Júpiter são ainda mais especiais porque foram um trabalho conjunto do James Webb e do Hubble. Enquanto o James Webb captou imagens em infravermelho, os registros do Hubble foram em ultravioleta, apresentando diferenças nas auroras de Júpiter.

“Estranhamente, a luz mais brilhante que o Webb observou não tinha correspondência real nas imagens do Hubble. Isto nos deixou com a pulga atrás da orelha. Para gerar a combinação de brilho captada por ambos telescópios, precisamos de uma combinação de grandes volumes de partículas de baixa energia atingindo a atmosfera, o que antes era considerado impossível. Ainda não compreendemos como isso acontece”, finaliza o cientista.

Os cientistas pretendem analisar mais observações do James Webb para comparar com os dados da sonda Juno, da NASA. O objetivo é compreender a causa “desta emissão enigmática” das auroras de Júpiter.

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