Rio de Janeiro é eleita Capital Mundial do Livro em 2025
O Rio de Janeiro foi escolhido como Capital Mundial do Livro em 2025, sendo a primeira cidade de língua portuguesa a receber o título. A cidade abriga instituições históricas como a Biblioteca Nacional e o Real Gabinete Português de Leitura, reconhecidas por seus acervos e arquitetura. O título impulsionará uma série de eventos literários ao […] O post Rio de Janeiro é eleita Capital Mundial do Livro em 2025 apareceu primeiro em El Hombre.

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O Rio de Janeiro foi escolhido como Capital Mundial do Livro em 2025, sendo a primeira cidade de língua portuguesa a receber o título.
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A cidade abriga instituições históricas como a Biblioteca Nacional e o Real Gabinete Português de Leitura, reconhecidas por seus acervos e arquitetura.
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O título impulsionará uma série de eventos literários ao longo do ano, incluindo a Bienal do Livro e rotas literárias interativas.
O Rio de Janeiro foi oficialmente nomeado Capital Mundial do Livro de 2025 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A escolha reconhece o compromisso da cidade com a promoção da leitura e o fortalecimento do mercado editorial, destacando seu rico patrimônio literário e cultural.
A cerimônia de entrega do título ocorreu no Teatro Carlos Gomes, marcando o início de uma série de eventos e iniciativas que celebrarão a literatura ao longo do ano. A diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, destacou a importância dos livros como ferramentas essenciais para o desenvolvimento educacional e cultural das sociedades.
Bibliotecas históricas são símbolos do legado literário
O Rio de Janeiro abriga algumas das bibliotecas mais emblemáticas do Brasil, que desempenham um papel fundamental na preservação e disseminação do conhecimento. Entre elas, destacam-se duas instituições centenárias que simbolizam o protagonismo da cidade no cenário literário nacional.
Fundada em 1810 após a chegada da Família Real Portuguesa, a Biblioteca Nacional é a mais antiga instituição cultural do Brasil. Com um acervo estimado em 9 milhões de itens, incluindo livros raros, mapas, manuscritos e periódicos, é considerada pela Unesco uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo. Localizada na Avenida Rio Branco, no centro da cidade, a biblioteca oferece visitas guiadas gratuitas durante a semana.
Outro destaque é o Real Gabinete Português de Leitura, inaugurado em 1887. Com arquitetura neomanuelina, é considerado uma das bibliotecas mais bonitas do mundo. Seu acervo conta com mais de 350 mil volumes, incluindo edições raras de “Os Lusíadas” e manuscritos de autores como Machado de Assis. A instituição, localizada na Rua Luís de Camões, também oferece entrada gratuita e recebe visitantes de todas as partes do mundo.
Programação literária movimenta o calendário cultural
Com o título de Capital Mundial do Livro, o Rio de Janeiro organizará ao longo de 2025 uma programação cultural intensa voltada à promoção da leitura e ao estímulo ao acesso ao livro. Um dos principais eventos será a Bienal do Livro, marcada para o dia 13 de junho, que reunirá editoras, autores e leitores em um dos maiores encontros literários da América Latina.
Além da Bienal, a cidade implementará rotas literárias interativas que destacam a vida e obra de escritores brasileiros que marcaram a história da literatura. Entre os homenageados estão nomes como Machado de Assis, Clarice Lispector, Lima Barreto e Rachel de Queiroz. As rotas serão acessíveis por meio de aplicativo com audioguias e recursos de geolocalização, combinando cultura, história e tecnologia.
Essas ações fazem parte de uma estratégia mais ampla da Prefeitura e de entidades culturais para reforçar o papel do Rio como um centro literário dinâmico, promovendo inclusão social e educação por meio da leitura. O projeto conta com apoio de editoras, escolas, universidades e da EmbraturLab, laboratório de inovação ligado ao setor de turismo e cultura.
Reconhecimento internacional e impacto social
O título de Capital Mundial do Livro é concedido anualmente desde 2001 a cidades que demonstram um forte compromisso com políticas públicas voltadas ao fomento da leitura e da indústria editorial. De acordo com a Unesco, o Rio foi escolhido por sua proposta inovadora e por seu legado histórico no campo das letras.
O reconhecimento chega em um momento de desafios para o setor cultural, que busca se recuperar do impacto da pandemia. A expectativa é que o título impulsione investimentos, fomente o turismo cultural e fortaleça iniciativas sociais ligadas à educação e à leitura, especialmente em comunidades com menor acesso ao livro.
O impacto esperado vai além do calendário de eventos. A cidade pretende utilizar essa oportunidade para ampliar a rede de bibliotecas comunitárias, incentivar programas de leitura em escolas públicas e promover a formação de novos leitores. A ideia, segundo os organizadores, é deixar um legado permanente, consolidando o livro como instrumento de transformação social.
Curiosidades
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O título de Capital Mundial do Livro já foi concedido a cidades como Madrid, Alexandria, Buenos Aires e Guadalajara. O Rio é a primeira cidade lusófona a receber esse reconhecimento.
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O acervo da instituição inclui a Coleção Teresa Cristina Maria, composta por mais de 21 mil fotografias do século XIX, consideradas patrimônio documental da humanidade.
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A revista “Time” elegeu o Real Gabinete Português de Leitura como uma das bibliotecas mais bonitas do mundo, destacando seu salão com estantes de madeira entalhada e teto em vitral colorido.
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