Review: Ender Magnolia (sequência de Ender Lilies) vale a pena?
A espera acabou! Depois de muito tempo, finalmente chegou o momento de falar sobre Ender Magnolia, sequência direta de Ender Lilies. O primeiro jogo conseguiu conquistar um público fiel, misturando um gameplay sólido com um estilo visual impressionante, um tema pesado e uma trilha sonora de arrepiar. Mas será que Ender Magnolia consegue manter o […] O post Review: Ender Magnolia (sequência de Ender Lilies) vale a pena? apareceu primeiro em Combo Infinito.

A espera acabou! Depois de muito tempo, finalmente chegou o momento de falar sobre Ender Magnolia, sequência direta de Ender Lilies. O primeiro jogo conseguiu conquistar um público fiel, misturando um gameplay sólido com um estilo visual impressionante, um tema pesado e uma trilha sonora de arrepiar. Mas será que Ender Magnolia consegue manter o mesmo nível e, quem sabe, ir além?
Nós recebemos gratuitamente para review a versão para PC (Steam), e agora chegou a hora de contar se essa sequência é tudo isso mesmo?
Uma nova protagonista, mesmo mundo e a mesma essência

Ender Magnolia se passa muitos anos depois dos eventos de Ender Lilies. No jogo original, a Chuva da Morte era um dos grandes elementos narrativos, transformando seres humanos em criaturas corrompidas. Aqui, essa chuva ainda existe, mas não é o mesmo problema do passado. A sociedade aprendeu a se proteger dela e tudo gira em torno da magia e das máquinas, e com isso, um novo ciclo de problemas se inicia a medida que um vapor surge da terra e muda a maneira que os homúnculos se comportam.
No entanto esses seres foram criados para obedecer os humanos e as coisas começam a dar errado. Assim, dessa vez, controlamos Lilac, uma nova protagonista que, assim como Lily no jogo anterior, não luta diretamente, mas sim através de invocações. Ela acorda sem memória e precisa entender quem é, qual seu propósito e o que diabos está acontecendo com o mundo ao seu redor.
Ela é acompanhada por Nola, uma guerreira homúnculo que funciona como a espada principal de Lilac. Juntas, elas vão enfrentando inimigos e adquirindo novos aliados, cada um com habilidades diferentes.
A história do jogo é interessante, mas sofre com um problema clássico: ela não é bem contada. Boa parte da narrativa fica presa em textos opcionais e documentos escondidos pelo mapa. Para quem gosta de explorar e conectar as peças, isso pode ser um ponto positivo, mas para quem espera uma história mais direta, pode acabar frustrado. Mas o que incomoda bastante são as cenas animadas da história que mais confundem do que ajudam.
Além disso, o jogo esconde elementos importantes atrás no “final verdadeiro”, o que pode afastar quem não quiser se aprofundar tanto. Ainda assim, o universo de Ender Magnolia é intrigante e faz jus ao legado do primeiro jogo.
Combate fluído, mas sem grandes novidades

O sistema de combate é basicamente uma evolução direta do que vimos em Ender Lilies, com alguns refinamentos aqui e ali. Lilac não ataca diretamente, mas invoca homúnculos – seres mecânicos/humanos que emprestam seus poderes para ela.
Cada homúnculo tem três variações diferentes, e cabe ao jogador escolher qual delas se encaixa melhor no seu estilo. Isso cria um leque enorme de builds, permitindo que cada jogador monte uma estratégia única.
Os principais estilos de combate incluem:
- Ataques corpo a corpo (como a espada de Nola).
- Ataques à distância (com projéteis de diferentes tipos).
- Golpes de alto impacto que quebram a postura do inimigo.
- Habilidades defensivas, como escudos e parries.
A mecânica de quebrar a postura dos inimigos adiciona um elemento estratégico ao jogo. Você pode derrubar a defesa de um chefe antes de desferir ataques massivos, o que torna algumas batalhas mais dinâmicas.
No entanto, o jogo não é um soulslike, então não espere algo no nível de Blasphemous em termos de desafio. O início é bem fácil, mas a dificuldade aumenta nos momentos finais da campanha, principalmente em algumas lutas contra chefes. O chefe final no “final verdadeiro” é uma luta bem complicada, e se destaca como um dos pontos mais desafiadores do jogo.
No geral, o combate é divertido e viciante, mas não traz muitas novidades em relação ao jogo anterior. contudo isso não é um problema e ele amplifica aquela ideia, tornando tudo bem divertido.
Gráficos e trilha sonora – O ponto alto do jogo

Se tem algo que o estúdio Binary Haze Interactive fez questão de manter, foi a qualidade visual e sonora. O jogo é bem bonito, com cenários detalhados e uma direção de arte que equilibra elementos tecnológicos e mágicos de forma impecável.
O mundo é menos sombrio do que em Ender Lilies, mas ainda mantém um tom melancólico e carregado de atmosfera. O jogo consegue variar entre ambientes tecnológicos e fantasiosos, criando uma identidade visual única.
Agora, a trilha sonora merece um destaque especial. Se em Ender Lilies a trilha já era um espetáculo, aqui ela chega em outro nível.
- As músicas conseguem capturar emoções diferentes em um mesmo tom.
- Algumas faixas são calmas e reflexivas, enquanto outras trazem um tom épico e desesperador.
- Existem músicas cantadas que elevam a imersão para outro patamar.
Mesmo sem dublagem para os personagens, a trilha sonora compensa isso, entregando uma experiência sonora memorável. Eu fico cantando na minha cabeça a música do primeiro cenário o tempo todo.
Exploração – Um metroidvania clássico, mas com boas ideias

O jogo segue o padrão clássico de metroidvania, com um mapa enorme e cheio de áreas interconectadas. A exploração é recompensadora, e há muitos segredos escondidos.
Uma das melhores adições foi a possibilidade de se teleportar para qualquer ponto de descanso a qualquer momento, facilitando o backtracking e incentivando a exploração.
Além disso, o design do mapa traz novidades interessantes, como:
- Áreas com entradas verticais secretas.
- Regiões com múltiplas conexões, que mudam a forma como o jogador navega pelo mundo em 2D.
- Diversas recompensas para quem explora ao máximo, incluindo relíquias e habilidades novas.
O jogo não reinventa o gênero, mas se destaca por fazer tudo bem feito, o que já é algo muito valioso hoje em dia.
Conclusão – Um metroidvania sólido, mas sem ousadia

Ender Magnolia é um jogo bem-feito, bonito e com um combate divertido, mas não inova muito. Se você gostou de Ender Lilies, vai curtir a sequência sem dúvidas. Agora, se você procura um metroidvania bem executado, sem firulas e com um ótimo gameplay, Ender Magnolia vale muito a pena.
Mas se esperava algo realmente novo, pode acabar sentindo que o jogo não ousou o suficiente. Eu realmente fico curioso pelo futuro. Acho que, em um (possível) terceiro game, o estúdio vai jogar safe novamente. Só o tempo dirá o que podemos esperar, e temos que comemorar a existência destes dois belos games!
Ender Magnolia: Ender Magnolia é um jogo bem-feito, bonito e com um combate divertido, mas não inova muito. Ele ainda segue o padrão clássico de metroidvania, com um mapa enorme e cheio de áreas interconectadas. A exploração é recompensadora, e há muitos segredos escondidos. Porém, se você esperava algo realmente novo, pode acabar sentindo que o jogo não ousou o suficiente. – M@xpay
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