Justiça derruba liminar e manda assassino de tesoureiro do PT cumprir pena em presídio
Jorge Guaranho estava em prisão domiciliar após alegar questões médicas. Ele assassinou em 2022, ano de eleição, Marcelo Aloizio Arruda — que comemorava o próprio aniversário com o tema PT

O desembargador Gamaliel Seme Scaff derrubou a liminar que mantinha o ex-policial Jorge Guaranho, assassino de Marcelo Aloizio Arruda, tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu (PR), em prisão domiciliar. O magistrado havia determinado que ele passasse por uma reavaliação médica para determinar o cumprimento da pena em regime fechado.
Em 9 de julho de 2022, Marcelo Aloizio Arruda foi morto pelo policial penal Jorge Guaranho enquanto comemorava o seu aniversário de 50 anos com uma festa temática do PT. O atirador invadiu a festa gritando "aqui é Bolsonaro" e "mito" e baleou o petista.
O assassino foi condenado a 20 anos de prisão. No entanto, em 27 de fevereiro deste ano, conseguiu o direito de detenção domiciliar após a defesa argumentar que o ex-policial não teria condições de cumprir a pena em regime fechado por questões médicas, pois ficou machucado após balear Marcelo Arruda.
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Depois da morte do tesoureiro do PT, Guaranho também foi baleado e, após estar caído no chão, foi agredido por convidados da festa. Segundo os advogados, "Guaranho enfrenta uma série de limitações decorrentes desse espancamento, incluindo comprometimentos neurológicos e dificuldades motoras, que tornam inviável sua alocação em um ambiente carcerário comum, sem estrutura para o tratamento adequado".
Após a reavaliação médica na unidade Tarumã do Instituto Médico-Legal (IML), de Curitiba, o CMP "informou possuir totais condições de prestar assistência ao paciente", diz decisão do desembargador. Ele determinou "imediata condução" de Jorge Guaranho ao Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, para cumprir a pena. Cabe recurso da decisão.