PRF investiga agente após vídeo sobre morte de colegas viralizar 

Trajando a farda da corporação, Anderson Okasaki comentou o caso e disse que trabalho policial “não é valorizado”

Abr 19, 2025 - 21:17
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PRF investiga agente após vídeo sobre morte de colegas viralizar 

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) investigará o agente Anderson Okasaki depois da divulgação de um vídeo em que ele aparece uniformizado, discutindo a morte de 3 colegas em um acidente. O caso ocorreu durante uma perseguição na Avenida Brasil, no Rio de Janeiro, na 6ª feira (18.abr.2025). 

No vídeo, Okasaki, trajando a farda da corporação, disse que o trabalho feito pelos policiais não é valorizado o suficiente. “Isso nos leva a refletir: será que vale a pena? Será que vale a pena lutarmos por uma sociedade que, muitas vezes, não valoriza o trabalho da polícia e se limita a nos criticar? Nos chamando de ‘inimigo do trabalhador’. A verdade é que só quem tem esperança em um futuro melhor compreende o sacrifício que envolve proteger o próximo”, diz o policial.

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A Coordenação-Geral de Comunicação da PRF afirmou que o vídeo divulgado por Okasaki não é uma comunicação oficial da instituição, não reflete o posicionamento da corporação e não foi autorizado, tratando-se de uma manifestação individual do agente. A repercussão do vídeo levou a Corregedoria da PRF a iniciar uma investigação sobre o caso, para avaliar as circunstâncias e possíveis implicações da ação do policial.

O acidente que motivou o desabafo de Okasaki ocorreu em meio a uma perseguição policial a motociclistas que haviam furado um bloqueio na Avenida Brasil. A colisão da viatura da PRF com a traseira de um carro de passeio resultou na morte de 3 agentes, que foram projetados para fora do veículo devido ao impacto. 

Leia a nota da PRF:

“A Polícia Rodoviária Federal (PRF), por meio da Corregedoria-Geral da PRF, deu início a uma Investigação Preliminar Sumária (IPS) após tomar conhecimento da publicação feita em rede social pelo servidor. A PRF destaca que discursos individuais não autorizados não representam o posicionamento da instituição e que condutas que induzam a tal interpretação, como fazer uso do uniforme para manifestação subjetiva e divulgação de conteúdo sem a devida autorização, ferem normas internas do órgão. A IPS é uma medida inicial do processo de investigação, que a depender dos elementos reunidos pode evoluir para um Processo Administrativo Disciplinar (PAD)”