Porsche Sprint Challenge: Como funciona o apoio da Porsche Motorsport
A visita de Nicole Nagel, responsável pelas competições monomarca da Porsche Motorsport, à Porsche Sprint Challenge Ibérica em Portimão marcou um momento importante para a competição ibérica. Em conversa com o AutoSport no paddock do Autódromo Internacional do Algarve, a responsável alemã destacou o potencial da série e o compromisso da marca com o seu […]
The post Porsche Sprint Challenge: Como funciona o apoio da Porsche Motorsport first appeared on AutoSport.
Mai 2, 2025 - 12:34
0
A visita de Nicole Nagel, responsável pelas competições monomarca da Porsche Motorsport, à Porsche Sprint Challenge Ibérica em Portimão marcou um momento importante para a competição ibérica. Em conversa com o AutoSport no paddock do Autódromo Internacional do Algarve, a responsável alemã destacou o potencial da série e o compromisso da marca com o seu crescimento sustentável.
Iniciamos a conversa tentando perceber o que a Porsche Motorsport procura para dar o seu selo a uma competição como a Porsche Sprint Challenge Ibérica:
“O que procuramos para colocar o selo da Porsche Motorsport numa competição? Uma organização profissional. E, especialmente, questões como a segurança são muito importantes para nós. Segurança e comportamento desportivo e justo. Esses são aspetos fundamentais. Os carros têm de ser como esperamos: originais, sem modificações. Modificações são sempre uma questão de segurança. Depois, os regulamentos têm de estar aprovados pelas federações locais. E é essencial haver comunicação transparente connosco — sabermos o que acontece, estarmos todos no mesmo barco. Isso permite-nos dar um verdadeiro apoio”.
Regressando um pouco no tempo, falando das primeiras conversas e do desenvolvimento da PSCI, Nagel reconheceu que o primeiro passo foi dado por José Monroy, que desafiou a Porsche Motorsport. No entanto, a abertura da estrutura germânica foi imediata:
“O interesse veio do lado português, sim. Aliás, é o habitual. Nós não olhamos para o mapa e dizemos ‘vamos para a Índia criar uma série’. Dependemos sempre de parceiros locais. Sem eles, nada começa. Não houve qualquer resistência. Lembro-me da primeira reunião em que nos apresentaram o conceito. Ficámos logo com a sensação de que tínhamos encontrado o parceiro certo.”
“Eles merecem o nosso apoio. Vemos que há desenvolvimento. É a primeira vez que estou neste evento, mas os meus colegas já acompanham o projeto. Sabemos que uma nova série tem de começar de algum ponto. O importante é ver que estão a evoluir e a dar os passos certos.”
A responsável da Porsche destaca também a importância de compreender o contexto local:
“Temos de construir uma série para os clientes de Portugal e Espanha. São culturas diferentes, línguas diferentes, estilos de vida diferentes. E diferentes expectativas. Nunca devemos esquecer isso. Mas também temos de manter o conceito geral da Porsche. É preciso encontrar o equilíbrio entre o nosso modelo global e o que faz sentido para o mercado local.”
Ainda assim, reconhece que há trabalho pela frente:
“Claro, é uma questão de ir passo a passo. Mais carros na grelha, garantir estabilidade no futuro. E não é só a organização — as equipas também têm de evoluir. Não são equipas profissionais, mas vejo vontade de melhorar. E isso é o mais importante.”
Comparando com outros mercados, Nagel aponta diferenças claras:
“Aqui temos apenas gentleman drivers. É um cenário totalmente diferente da Carrera Cup França, por exemplo, onde há equipas e pilotos profissionais que querem fazer carreira no automobilismo. Aqui, os pilotos veem isto como um passatempo. Querem ter um bom fim de semana — e nós queremos proporcionar isso. Mesmo sendo gentleman drivers, devem sentir que fazem parte de uma competição profissional. E não, não me preocupa esse equilíbrio. Esses pilotos também são clientes Porsche, e temos de cuidar de todos os nossos clientes.”
Ao terminar a conversa, Nicole deixa claro o compromisso da marca com a diversidade das suas plataformas:
“A Porsche não é só uma organizadora de corridas. Somos uma marca com diferentes clientes e temos de oferecer plataformas adequadas para todos.”