Por que cardeais usam vermelho? Entenda o significado das cores dos trajes durante o conclave
Quando recebem o título cardinalício das mãos do Papa, os cardeais se comprometem a 'defender a fé até a morte, até o ponto de dar seu sangue'. Veja como foi entrada de cardeais eleitores em missa que abre o conclave A entrada dos cardeais do conclave na missa Pro Eligendo Pontifice formou um "corredor vermelho" entre os fiéis na Basílica de São Pedro nesta quarta-feira (7) e representou um momento solene para abrir as cerimônias de eleição do novo papa. A missa desta quarta abre oficialmente o conclave e antecede as votações dos cardeais. A primeira votação deve ocorrer a partir das 14h, também no fuso de Brasília. Veja os horários da votação. Esta foi a última aparição pública dos clérigos eleitores do novo papa antes da reclusão para o conclave. AO VIVO: Acompanhe o conclave em tempo real ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Por que cardeais usam vermelho? De acordo com a AFP, os cardeais são considerados 'príncipes da Igreja' e vestem-se de vermelho, cor do 'sangue derramado de Cristo'. Nas celebrações especiais, os cardeais usam a batina vermelha e, por cima, um roquete branco rendado. Quando recebem o título cardinalício das mãos do Papa, os cardeais se comprometem a 'defender a fé até a morte, até o ponto de dar seu sangue'. O solidéu também é vermelho, e representa a entrega ao Santo Padre. O vermelho era a cor dos trajes dos patrícios romanos, e seu uso, depois, foi reservado ao imperador. O Papa e os cardeais usaram a batina vermelha até Pio V, que, sendo dominicano, decidiu, em 1566, continuar vestindo o hábito branco de sua ordem após ser escolhido Papa. Seus sucessores deram continuidade a este costume. O vermelho ganhou o significado simbólico de fidelidade até o martírio. A faixa larga usada na cintura faz parte do traje, e é vermelha, em seda natural, com reflexos brilhantes. No dia a dia, os cardeais costumam trocar o hábito vermelho pela batina preta com botões vermelhos, enquanto os bispos vestem batinas pretas com botões roxos. Corredor Vermelho Durante a entrada dos cardeais, um dos religiosos do Vaticano segurava uma imagem sagrada de Jesus Cristo. Ao chegar ao altar, o decano cardeal Giovanni Batista Re, que celebra a missa, queimou incenso e jogou fumaça em imagens sacras e no altar. (Veja nas imagens abaixo) A missa teve cantos, rezas e a homilia para inspirar os cardeais em sua escolha para o novo papa. O rito também teve passagens em homenagem ao papa Francisco, morto aos 88 anos em abril, como "oremos pelo falecido romano pontífice Francisco". Religioso do Vaticano carrega imagem sagrada de Jesus Cristo durante entrada de cardeais eleitores do conclave na missa Pro Eligendo Pontifice na Basílica de São Pedro em 7 de maio de 2025. Vaticano Cardeal Giovanni Battista Re joga incenso no palco de missa Pro Eligendo Pontifice em 7 de maio de 2025. Vaticano Após o rito, já pela tarde no horário local, os religiosos seguem em procissão até a Capela Sistina, cantando o hino Veni Creator, para invocar o Espírito Santo. Lá, fazem um juramento de sigilo absoluto sobre todo o processo de votação. A expectativa é de que a escolha do novo pontífice dure de dois a três dias. Quando todos estão reunidos na Capela Sistina, o mestre de cerimônias proclama o “Extra omnes”, determinando que todos os que não vão participar da eleição saiam. O local, então, é fechado. A partir daí, os cardeais ficam isolados do mundo exterior. A palavra conclave vem do latim cum clavis e significa "fechado à chave". Ao todo, 133 cardeais com menos de 80 anos irão eleger o novo pontífice. Sete deles são brasileiros. O conclave começa com o sorteio de nove cardeais, que assumem três funções: Recolher votos de quem está doente (infirmarii) Fazer a contagem (escrutinadores) E revisar o resultado (revisores) Cardeais eleitores do conclave participam de missa Pro Eligendo Pontifice na Basílica de São Pedro em 7 de maio de 2025. Vaticano Cada cardeal preenche uma cédula com o nome do candidato escolhido, dobra o papel e o deposita em uma urna. Ao fim, os votos são lidos em voz alta, registrados, furados e amarrados. Após a contagem, as cédulas são queimadas. A fumaça que sai da chaminé da Capela Sistina indica o resultado ao público. Se a fumaça for branca, um novo papa foi eleito. Se for preta, uma nova votação será feita. Com 133 cardeais votantes, são necessários 89 votos para eleger o novo pontífice. Até que esse número seja alcançado, o conclave continua. Horários Fiéis em frente à Basílica de São Pedro, onde será anunciado o novo papa Amanda Perobelli/Reuters Na quarta-feira, apenas uma votação será feita no período da tarde. Caso ninguém seja eleito, até quatro novas rodadas poderão ocorrer na quinta-feira (8), sendo duas pela manhã e duas à tarde. Veja o esquema divulgado pelo Vaticano Perto de 14h (horário de Brasília) desta quarta: primeira e única votação do dia. Primeira fumaça a sair da chaminé da capela Sistina, provavelmente preta, indicando indefinição. Pe


Quando recebem o título cardinalício das mãos do Papa, os cardeais se comprometem a 'defender a fé até a morte, até o ponto de dar seu sangue'. Veja como foi entrada de cardeais eleitores em missa que abre o conclave A entrada dos cardeais do conclave na missa Pro Eligendo Pontifice formou um "corredor vermelho" entre os fiéis na Basílica de São Pedro nesta quarta-feira (7) e representou um momento solene para abrir as cerimônias de eleição do novo papa. A missa desta quarta abre oficialmente o conclave e antecede as votações dos cardeais. A primeira votação deve ocorrer a partir das 14h, também no fuso de Brasília. Veja os horários da votação. Esta foi a última aparição pública dos clérigos eleitores do novo papa antes da reclusão para o conclave. AO VIVO: Acompanhe o conclave em tempo real ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Por que cardeais usam vermelho? De acordo com a AFP, os cardeais são considerados 'príncipes da Igreja' e vestem-se de vermelho, cor do 'sangue derramado de Cristo'. Nas celebrações especiais, os cardeais usam a batina vermelha e, por cima, um roquete branco rendado. Quando recebem o título cardinalício das mãos do Papa, os cardeais se comprometem a 'defender a fé até a morte, até o ponto de dar seu sangue'. O solidéu também é vermelho, e representa a entrega ao Santo Padre. O vermelho era a cor dos trajes dos patrícios romanos, e seu uso, depois, foi reservado ao imperador. O Papa e os cardeais usaram a batina vermelha até Pio V, que, sendo dominicano, decidiu, em 1566, continuar vestindo o hábito branco de sua ordem após ser escolhido Papa. Seus sucessores deram continuidade a este costume. O vermelho ganhou o significado simbólico de fidelidade até o martírio. A faixa larga usada na cintura faz parte do traje, e é vermelha, em seda natural, com reflexos brilhantes. No dia a dia, os cardeais costumam trocar o hábito vermelho pela batina preta com botões vermelhos, enquanto os bispos vestem batinas pretas com botões roxos. Corredor Vermelho Durante a entrada dos cardeais, um dos religiosos do Vaticano segurava uma imagem sagrada de Jesus Cristo. Ao chegar ao altar, o decano cardeal Giovanni Batista Re, que celebra a missa, queimou incenso e jogou fumaça em imagens sacras e no altar. (Veja nas imagens abaixo) A missa teve cantos, rezas e a homilia para inspirar os cardeais em sua escolha para o novo papa. O rito também teve passagens em homenagem ao papa Francisco, morto aos 88 anos em abril, como "oremos pelo falecido romano pontífice Francisco". Religioso do Vaticano carrega imagem sagrada de Jesus Cristo durante entrada de cardeais eleitores do conclave na missa Pro Eligendo Pontifice na Basílica de São Pedro em 7 de maio de 2025. Vaticano Cardeal Giovanni Battista Re joga incenso no palco de missa Pro Eligendo Pontifice em 7 de maio de 2025. Vaticano Após o rito, já pela tarde no horário local, os religiosos seguem em procissão até a Capela Sistina, cantando o hino Veni Creator, para invocar o Espírito Santo. Lá, fazem um juramento de sigilo absoluto sobre todo o processo de votação. A expectativa é de que a escolha do novo pontífice dure de dois a três dias. Quando todos estão reunidos na Capela Sistina, o mestre de cerimônias proclama o “Extra omnes”, determinando que todos os que não vão participar da eleição saiam. O local, então, é fechado. A partir daí, os cardeais ficam isolados do mundo exterior. A palavra conclave vem do latim cum clavis e significa "fechado à chave". Ao todo, 133 cardeais com menos de 80 anos irão eleger o novo pontífice. Sete deles são brasileiros. O conclave começa com o sorteio de nove cardeais, que assumem três funções: Recolher votos de quem está doente (infirmarii) Fazer a contagem (escrutinadores) E revisar o resultado (revisores) Cardeais eleitores do conclave participam de missa Pro Eligendo Pontifice na Basílica de São Pedro em 7 de maio de 2025. Vaticano Cada cardeal preenche uma cédula com o nome do candidato escolhido, dobra o papel e o deposita em uma urna. Ao fim, os votos são lidos em voz alta, registrados, furados e amarrados. Após a contagem, as cédulas são queimadas. A fumaça que sai da chaminé da Capela Sistina indica o resultado ao público. Se a fumaça for branca, um novo papa foi eleito. Se for preta, uma nova votação será feita. Com 133 cardeais votantes, são necessários 89 votos para eleger o novo pontífice. Até que esse número seja alcançado, o conclave continua. Horários Fiéis em frente à Basílica de São Pedro, onde será anunciado o novo papa Amanda Perobelli/Reuters Na quarta-feira, apenas uma votação será feita no período da tarde. Caso ninguém seja eleito, até quatro novas rodadas poderão ocorrer na quinta-feira (8), sendo duas pela manhã e duas à tarde. Veja o esquema divulgado pelo Vaticano Perto de 14h (horário de Brasília) desta quarta: primeira e única votação do dia. Primeira fumaça a sair da chaminé da capela Sistina, provavelmente preta, indicando indefinição. Perto das 5h30 (horário de Brasília) de quinta: primeira votação do segundo dia. Se o papa for definido, sairá fumaça branca. Se não for definido, nada acontecerá. Perto de 7h (horário de Brasília) de quinta: segunda rodada de votação do dia. Se o papa for definido, sairá fumaça branca da chaminé da capela Sistina. Se não houver definição, sairá fumaça preta. Perto de 12h30 (horário de Brasília) de quinta: terceira rodada de votação do dia. Se o papa for definido, sairá fumaça branca. Se não for definido, nada acontecerá. Perto de 14h (horário de Brasília) de quinta: quarta rodada de votação do dia. Se o papa for definido, sairá fumaça branca da chaminé da capela Sistina. Se não houver definição, sairá fumaça preta. Caso, após três dias, ainda não haja uma definição, a votação é suspensa por 24 horas para orações. O processo pode ser pausado novamente se outras sete rodadas forem inconclusivas. Se nenhuma decisão for tomada após 34 votações, os dois nomes mais votados passam a disputar a eleição. Quando um papa é eleito, ele é perguntado se aceita o cargo e qual nome deseja adotar. Depois, se recolhe por alguns minutos na chamada Sala das Lágrimas, onde veste os trajes papais. Em seguida, é anunciado e faz sua primeira aparição pública na sacada da Basílica de São Pedro. Veja como funcionará o conclave que elegerá o próximo Papa VÍDEOS: mais assistidos do g1