Politécnico da Guarda candidata projeto de 2,5 ME de rádios locais à Comissão Europeia
O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) candidatou à Comissão Europeia a segunda fase do projeto Newaves, no valor de 2,5 milhões de euros, para introduzir inovação e aumentar as audiências das rádios na Europa. O Newaves é uma parceria entre instituições de ensino superior e 30 rádios de Portugal, Croácia, Macedónia do Norte e Eslováquia, […]


O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) candidatou à Comissão Europeia a segunda fase do projeto Newaves, no valor de 2,5 milhões de euros, para introduzir inovação e aumentar as audiências das rádios na Europa.
O Newaves é uma parceria entre instituições de ensino superior e 30 rádios de Portugal, Croácia, Macedónia do Norte e Eslováquia, liderada pelo IPG, para criar uma plataforma digital de rádios locais e combater a desinformação.
O projeto permite a comunicadores, jornalistas, alunos e instituições de ensino superior partilharem conhecimento, fazer formação e aumentar a competitividade no setor dos média, principalmente em zonas europeias de baixa densidade populacional e de recursos limitados.
“Com a transição digital, os media dos territórios de baixa densidade populacional estão a enfrentar em toda a Europa inúmeros desafios que têm um impacto significativo na forma como as pessoas se relacionam com as rádios e como consomem os seus conteúdos”, afirmou o presidente do IPG, Joaquim Brigas, numa nota enviada à agência Lusa.
Para o responsável, o Newaves vai contribuir para introduzir inovação, ajudar a aumentar as audiências das rádios na Europa e tornar o setor mais competitivo.
A conferência de encerramento da primeira fase do projeto está a decorrer desde terça-feira em Osijek, na Croácia, onde foram apresentados os resultados dos testes-pilotos já realizados.
Para Joaquim Brigas, “foi muito compensador ouvir dos parceiros internacionais o elogio aos bons resultados deste projeto concebido para criar uma plataforma digital para rádios locais, ajudando-as a compartilhar conteúdos, a combater notícias falsas e desinformação e a tornarem-se mais sustentáveis”.
“A navegação na plataforma foi considerada ‘fácil’ (38%) ou ‘muito fácil’ (62%) por quem a utiliza, obtendo a sua usabilidade geral a classificação de ‘satisfatória’ (63%) ou ‘muito satisfatória’ (37%)”, adiantou o Politécnico.
Já os utentes e profissionais entrevistados “expressaram a vontade de continuar a usar a plataforma e disseram que a recomendariam a outras rádios”.
“Um bom indicador do sucesso desta primeira fase do projeto é o facto de outras universidades da Espanha, Suécia, Roménia e Itália se terem juntado a nós na candidatura apresentada a Bruxelas para uma segunda fase”, acrescentou Brigas.
Com um financiamento de 2,5 milhões de euros, a segunda fase do projeto designa-se Newaves+ e contemplará mais recursos de Inteligência Artificial, de marketing, de recursos humanos e de novos modelos de negócios.
Além da plataforma colaborativa e dos cursos gratuitos de ‘e-learning’ já implementados, vão agora ser partilhados conteúdos radiofónicos locais e regionais, de forma a tornar o jornalismo “mais cooperativo entre as rádios aderentes, mais sustentável e mais resiliente”, realçou o Politécnico da Guarda.