Petróleo vive cabo de guerra entre Opep, demanda e a geopolítica, diz analista da XP

Regis Cardoso aponta que desse “caldeirão”, as notícias mais negativas para a commodity têm se sobressaído The post Petróleo vive cabo de guerra entre Opep, demanda e a geopolítica, diz analista da XP appeared first on InfoMoney.

Mai 5, 2025 - 18:22
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Petróleo vive cabo de guerra entre Opep, demanda e a geopolítica, diz analista da XP
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Nas últimas semanas, dependendo do dia, o preço do barril do petróleo chegou a ficar abaixo de US$ 60. Isso não acontecia desde abril de 2021, com o mundo assolado pela pandemia.

Regis Cardoso, analista de óleo e gás da XP, participou nesta segunda (5) do programa Morning Call da XP, e disse que, de fato, o preço do petróleo tem tido bastante volatilidade.

“É um cabo de guerra de notícias da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), notícias de incertezas de demanda global e notícias de tensões geopolíticas”, disse.

“Desse caldeirão todo prevaleceram no período mais recente as notícias mais negativas para o petróleo”, complementou.

Desaceleração global

O risco de desaceleração da economia global em função das tarifas de importação impostas pelo governo de Donald Trump, nos Estados Unidos, e agora nesse final de semana com anúncio de incremento de produção por parte da Opep+ são atualmente os principais pontos de impulsão para baixo dos preços do petróleo, afirmou o analista.

Nesse contexto, o petróleo Brent que tinha começado o ano acima de US$ 75, agora já está a US$ 60 o barril.

Sobre a sensibilidade das empresas brasileiras do setor com a queda forte do preço do petróleo, Regis Cardoso avalia que a Brava Energia (BRAV3) é a que mais preocupa.

“A empresa tem a maior alavancagem. Então, estamos um pouco mais cautelosos com a empresa em função desse preço do petróleo baixo, sobretudo quando fica inferior aos US$ 60 o barril”, afirmou.

Petrolíferas brasileiras

As outras três empresas petrolíferas brasileiras – Petrobras (PETR3; PETR4), PRIO (PRIO3) e Petroreconcavo (RECV3) – são mais resilientes, de acordo com Cardoso.

“A PRIO é que tem a maior margem de segurança. Numa ótica de valuation, ela tem a nossa preferência aqui no contexto com preços de petróleo mais baixo”, pontuou.

A Petrobras, com o Brent a US$ 60, segundo o analista, sofre com geração de caixa livre: “Evidentemente, se o petróleo cai mais, esses retornos vão ficando menos atrativos”.

Ele vê a permanência de retornos bem elevados para a PRIO, que anunciou a aquisição de 60% e operação do campo de Peregrino da Equinor. Segundo a XP, o acordo é um catalisador importante para a petrolífera.

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