Brasil sobe 5 posições no ranking de desenvolvimento humano, diz ONU
Ao contrário do Brasil, o desenvolvimento humano global desacelerou para o nível mais baixo em 35 anos

O Brasil avançou cinco posições no ranking mundial de desenvolvimento humano realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Relatório divulgado nesta terça-feira (6/5) mostra que o país saltou da 89ª posição para a 84ª, em uma lista com 193 países.
O levantamento analisa dados de 2023. O valor do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para o Brasil é 0.786. O IDH varia de 0 a 1.
O Relatório de Desenvolvimento Humano de 2025, intitulado Uma questão de escolha: pessoas e possibilidades na era da Inteligência Artificial, analisa o desenvolvimento dos países em uma série de indicadores, que abrange conquistas em saúde, educação e renda.
Ao contrário do Brasil, o desenvolvimento humano global desacelerou para o nível mais baixo em 35 anos. "Em vez de observar uma recuperação sustentada após o período de crises excepcionais de 2020-2021, o relatório revela um progresso inesperadamente fraco. Excluindo esses anos de crise, o pequeno aumento no desenvolvimento humano global projetado no relatório deste ano é o menor aumento desde 1990", diz o PNUD.
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Além da taxa de desaceleração do desenvolvimento global, o relatório constata o aumento das desigualdades entre países ricos e pobres. "Há décadas, caminhamos para alcançar um mundo com desenvolvimento humano muito alto até 2030, mas essa desaceleração sinaliza uma ameaça muito real ao progresso global", pontua Achim Steiner, administrador do PNUD.
"Se o progresso lento de 2024 se tornar 'o novo normal', esse marco de 2030 poderá ser adiado por décadas – tornando nosso mundo menos seguro, mais dividido e mais vulnerável a choques econômicos e ecológicos. Em meio a essa turbulência global, precisamos explorar urgentemente novas maneiras de impulsionar o desenvolvimento. À medida que a Inteligência Artificial continua seu rápido avanço em tantos aspectos de nossas vidas, devemos considerar seu potencial de desenvolvimento. Novas capacidades surgem quase diariamente e, embora a IA não seja uma panaceia, as escolhas que fazemos têm o potencial de reacender o desenvolvimento humano e abrir novos caminhos e possibilidades", acrescenta Achim.
O relatório cita três aspectos em que os países devem estar atentos:
- Construir uma economia onde as pessoas colaborem com a IA em vez de competir com ela;
- Incorporar a agência humana em todo o ciclo de vida da IA, do design à implantação;
- Modernizar os sistemas de educação e saúde para atender às demandas do século XXI.
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