Parkinson: novo estudo revela quais alimentos estão ligados aos sintomas iniciais
Pesquisadores dos EUA e da China identificaram que o alto consumo de alimentos ultraprocessados pode estar ligado ao surgimento de sinais precoces da doença de Parkinson. As descobertas do estudo, publicado na revista Neurology, reforçam a importância da alimentação na saúde neurológica. Qual é a ligação entre ultraprocessados e o Parkinson? O estudo encontrou uma associação […]

Pesquisadores dos EUA e da China identificaram que o alto consumo de alimentos ultraprocessados pode estar ligado ao surgimento de sinais precoces da doença de Parkinson.
As descobertas do estudo, publicado na revista Neurology, reforçam a importância da alimentação na saúde neurológica.
Qual é a ligação entre ultraprocessados e o Parkinson?
- O estudo encontrou uma associação entre o consumo elevado de alimentos ultraprocessados e o risco aumentado de sintomas iniciais do Parkinson.
- Esses alimentos incluem itens como refrigerantes, biscoitos recheados, macarrão instantâneo, salgadinhos e carnes processadas, comumente ricos em aditivos químicos, corantes e conservantes.
- Os pesquisadores consideraram seis sinais precoces da doença de Parkinson, que podem surgir anos antes do diagnóstico:
- Constipação intestinal
- Redução do olfato
- Sonolência durante o dia
- Dificuldade para distinguir cores
- Depressão
- Agitação durante o sono (quando a pessoa “encena” sonhos)
O que a pesquisa analisou?
- O estudo acompanhou cerca de 43 mil profissionais de saúde norte-americanos por décadas.
- A cada dois ou quatro anos, os participantes relatavam o que comiam e, mais tarde, passaram a informar sintomas neurológicos.
- Aqueles que mais consumiam ultraprocessados tinham 2,5 vezes mais chance de apresentar três ou mais sinais iniciais da doença.

A descoberta prova que esses alimentos causam Parkinson?
- O estudo identificou uma associação, e não uma relação de causa e efeito.
- Isso significa que os ultraprocessados podem estar ligados ao aumento do risco, mas não se pode afirmar que causam a doença.
- Especialistas ressaltam que mais estudos são necessários, especialmente com pessoas diagnosticadas oficialmente com Parkinson.
Como esses alimentos podem afetar o cérebro?
- Uma das hipóteses é que aditivos e substâncias presentes nos ultraprocessados provoquem inflamações ou prejudiquem o microbioma intestinal, afetando o sistema nervoso.
- Outra possibilidade é que uma dieta rica em ultraprocessados substitua alimentos protetores do cérebro, como frutas, legumes e grãos integrais — ricos em fibras, antioxidantes e compostos anti-inflamatórios.
- Pesquisadores defendem que o próximo passo é realizar ensaios clínicos com pacientes em estágio inicial da doença, para avaliar se mudanças na dieta podem retardar ou amenizar o avanço do Parkinson.
- Enquanto isso, médicos recomendam reduzir o consumo de ultraprocessados e priorizar alimentos integrais e naturais, benéficos não só ao cérebro, mas ao corpo como um todo.