O Anel do Pescador do Papa Francisco: Das diferenças com o antecessor ao destino de um dos símbolos do Pontificado

O Anel do Pescador (Anulus Piscatoris) é uma das insígnias papais mais características e únicas de cada Papa e, após a morte ou renúncia, não volta a ser usado por mais ninguém, esperando-lhe dois destinos.

Abr 23, 2025 - 12:21
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O Anel do Pescador do Papa Francisco: Das diferenças com o antecessor ao destino de um dos símbolos do Pontificado

É um dos símbolos mais representativos de qualquer pontificado e muda consoante o Papa. O Anel do Pescador (Anulus Piscatoris) é uma das insígnias papais mais características e únicas de cada Papa e, após a morte ou renúncia, não volta a ser usado por mais ninguém, esperando-lhe dois destinos: a destruição ou é marcado com uma grande cruz para ser preservado como um artefato histórico.

O Anel do Pescador do Papa Francisco, cujo último adeus começa hoje e finda no sábado com as exéquias fúnebres, era diferente do recebido pelo seu antecessor, Bento XVI. No seu caso, o anel era de prata banhada a ouro enquanto o de Bento XVI era mais opulento, feito de ouro maciço.

Ambos os anéis apresentam a imagem de São Pedro com as chaves do céu , mas o design do anel de Francisco é mais simples e menos ornamentado, refletindo aquilo pelo qual sempre primou: a simplicidade e humildade. Além disso, este último é um modelo baseado num design do século XX do escultor Enrico Manfrini.

Apesar das mudanças, o símbolo do Anel do Pescador sempre permaneceu o mesmo. Representa a autoridade do Papa enquanto líder da Igreja Católica.

A origem deste objeto simbólico remonta ao século XIII e simboliza a autoridade do Papa como sucessor de São Pedro, que era pescador antes de se tornar o primeiro líder da Igreja Católica. Tradicionalmente, era usado para selar documentos oficiais, embora essa prática tenha sido abandonada no século XIX.

O Papa Francisco morreu esta segunda-feira, dia 21 de abril, após ter feito a sua última aparição – já visivelmente fragilizado – no Domingo de Páscoa, diante dos fiéis na Praça de São Pedro, no Vaticano.

A causa da morte foi um AVC que resultou em coma e “colapso cardiovascular” irreversível na sua residência na Domus Sanctae Marthae, no Vaticano. Após a morte, confirmada às 7h35 locais, o seu apartamento foi lacrado para proteger todos os seus pertences pessoais.